• qui. jan 23rd, 2025

À CNN, ministro do Irã rebate denúncia de estupro em prisão da Guarda Revolucionária

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A morte da jovem Mahsa Amini, em setembro do ano passado, gerou uma onda de protestos pelo Irã. A mulher, que tinha 22 anos na época, foi detida pela polícia da moralidade, devido ao uso inadequado do véu islâmico, que é obrigatório no país.

Em meio aos protestos, a violenta repressão do governo iraniano deixou mortos, feridos e milhares de presos. Nos primeiros dois meses de manifestações, ao menos 326 pessoas morreram. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 14 mil pessoas foram presas.

A CNN esteve no Irã, ouviu relatos de pessoas locais, incluindo um clérigo, e confirmou a história de uma manifestante que foi detida e permaneceu em uma instalação da Guarda Revolucionária por mais de um mês, onde foi estuprada por três homens diferentes.

Vídeos que passaram a circular nas redes sociais supostamente mostraram também as forças de segurança iranianas agredindo sexualmente manifestantes do sexo feminino nas ruas.

A âncora da CNN Christiane Amanpour entrevistou o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, e o questionou sobre as alegações de tortura e abuso sexual contra manifestantes presos.

“Em relação à mulher iraniana que você mencionou, não posso confirmar. Houveram tantas reivindicações infundadas feitas nas redes sociais e na mídia. Vimos algumas das reportagens da CNN que são direcionadas e falsas”, disse o ministro.

Hossein afirmou também que o Líder Supremo do Irã concedeu anistia, e que todos os manifestantes que foram presos durante os protestos foram libertados.

Veja a entrevista no vídeo acima

*publicado por Gabriel Ferneda, da CNN

Fonte: CNN Brasil

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