• qui. jan 23rd, 2025

A gente acredita muito no Brasil e nossa produção é toda feita aqui, diz CEO da Arezzo à CNN

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Alexandre Birman, CEO da empresa de calçados e bolsas femininas Arezzo & Co, disse no programa Caminhos com Abílio Diniz, da CNN, que acredita no Brasil e ressaltou que toda a produção da marca é feita no país.

“A gente acredita muito no Brasil, nossa produção é toda feita no Brasil, em várias regiões, principalmente na região Sul.”

Na entrevista, Birman disse que o país passou por momentos muito difíceis e isso fez com que a população diminuísse a crença no Brasil. Por isso, chegou a apostar no mercado internacional.

“Em 2017, quando vi uma certa consolidação de mercado, coloquei que meu crescimento fora [do país] seria um crescimento orgânico, através do crescimento internacional. Temos esse sonho, temos essa ambição. Entretanto, nos últimos tempos, eu tenho voltado, desde a pandemia, a investir mais no Brasil”, relatou.

Birman afirmou a Abílio que está otimista com o Brasil agora. Mas confessou que, no final de 2022, avaliou uma dificuldade com as incertezas e as dúvidas que pairavam sobre as medidas que iriam ser tomadas pelo governo Lula.

“Entretanto, se nós analisarmos os primeiros meses, quase uma gestação, nove meses deste mandato, os sinais são positivos, principalmente do lado econômico. Temos um bom caminho de aprovar, finalmente, a nossa reforma fiscal e tributária”.

Lojas físicas

Questionado pelo apresentador sobre a diminuição das lojas físicas, ou até mesmo da possibilidade de um desaparecimento com o fortalecimento do mercado online, Birman confessou que acha a loja física “sem graça, sem vida, sem atendimento, sem experiência e sem diferencial, há muito tempo já está fadada”.

“A loja tem que ter entretenimento, tem que ter serviço, tem que ter diferencial, tem que ter experiência. Entretanto, o digital vem para complementar, vem para aumentar a frequência, para aumentar a recorrência, para aumentar o conhecimento do cliente”, ressaltou.

Ele revelou que chegaram a ter 80% das vendas no digital em maio de 2020. “Hoje, essa venda é superior a 30%, e a venda que é influenciada pelo WhatsApp — que nasce de um contato da vendedora na loja física e que termina no online — corresponde a 35% da receita das vendas das lojas”. 

Nos últimos 10 anos, a Arezzo quadruplicou seu tamanho. Birman revelou que, dentre alguns fatores, um dos princípios que o seu pai sempre colocou faz jus a esse resultado: olhar sempre para dentro.

“Independente do cenário macro, ele acredita que internamente toda empresa, em qualquer segmento, vai ter oportunidade de evolução, vai ter oportunidade de criar novos segmentos, novos produtos, novos mercados”, destacou.

Além disso, o executivo contou que tiveram a oportunidade de atrair e reter pessoas qualificadas. Ele elogiou o corpo diretivo da empresa que está em seu lado no dia-a-dia.

“Estamos juntos há 12 anos, é um time com uma paixão muito grande. E isso também fala como encaramos os desafios, sempre com oportunidade, sabendo que aquele desafio vai nos tornar mais resiliente.”

Encontro com o ministro da Fazenda

O executivo também contou no programa como foi seu encontro com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Lembrou que foi em um evento de uma revista do empresariado, no qual a Arezzo foi reconhecida como a melhor empresa do setor. 

“Tive a oportunidade de ouvir nosso ministro da Fazenda, e foi para mim um banho de energia, um banho de crença no Brasil. Tive a oportunidade de trocar algumas palavras depois e acho que o Brasil está num bom caminho. O Brasil, se continuar o que foi feito nos últimos 8 meses, desde o início do governo […] tem condições de, nos próximos cinco anos, ter uma economia muito mais sólida, muito mais preparada e mais controlada do que os países de economia desenvolvida”, opinou.

E chegou a questionar: “por que não ter uma meta de crescimento de 10%? Por que não ser realmente o que a China foi há 20 anos? Temos todos os recursos possíveis, temos um povo incrível, temos recursos naturais, temos mercado local, temos indústria e consumo no mesmo país, não dependemos de importação de quase nenhum tipo de produto, sejam manufaturados, agrícola ou de energia.” 

Fonte: CNN Brasil

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