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Acesso à literatura afro-brasileira trará frutos positivos, avalia especialista

nov 30, 2022
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A ampliação do acesso à literatura afro-brasileira é um “caminho sem volta”, na avaliação da fundadora e presidente da Casa Poéticas Negras, Angela Damasceno.

O Jabuti, por exemplo, homenageou a escritora, filósofa e ativista do antirracismo, Sueli Carneiro, e, na Flip, houve pela primeira vez na história uma homenagem a uma mulher negra, Maria Firmina dos Reis.

Ela é considerada a primeira romancista negra do Brasil.

À CNN Rádio, no CNN No Plural, Angela afirmou que acredita que “a gente está evidenciando trabalhos de uma longa data.”

“Graças a políticas públicas e ao movimento negro, estamos conseguindo ter acesso quando esses livros chegam à base escolar”, completou.

Na avaliação dela, isso “vai trazer frutos positivos para leitor e escritores.”

As participações em grandes eventos, como a Flip, permitem “o acesso a obras de escritoras e escritores negros que estão há muito tempo produzindo.”

“O público também começou a se interessar, a visualizar essa leitura silenciada há muito tempo”, completou.

Angela destaca que o trabalho de base é importante, já nas escolas.

“O papel do livro é esse, de amplificar vozes, conforme nossos escritores escrevem sobre tudo, não só sobre dor, com afro-futurismo, ficção, romance, tem que ter esse acesso, faz muita diferença.”

A representação positiva, para a especialista, é capaz de quebrar o racismo estrutural.

Fonte: CNN Brasil

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