O presidente em execício e ministro da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, disse nesta terça-feira (20) que a renovação do incentivo para os chamados “carros de entrada” ainda não foi completamente descartada.

“Isso vai ser decidido um pouco mais à frente. Essa não é uma decisão definitiva, mas provavelmente, ao acabarem os créditos para carros, vai continuar o incentivo para ônibus e caminhões. Mas essa questão é um pouquinho mais à frente.”

A projeção do governo é que os descontos durem até 120 dias, mas o programa pode ser encerrado antes do prazo se acabar o crédito de R$ 500 milhões destinado aos carros de passeio. Há ainda cerca de R$ 1 bilhão para a compra de caminhões e ônibus.

Ainda de acordo o presidente em exercício, a procura por veículos contemplados pela medida “tem sido um sucesso, com revendas cheias no final de semana”.

Até o último domingo (18), as montadoras já haviam solicitado R$ 320 milhões dentro do programa do carro mais barato. Segundo o MDIC, em menos de duas semanas de vigência, volume já consumiu 64% dos créditos tributários previstos para carros e R$ 250 milhões para caminhões e ônibus.

Os descontos patrocinados pelo governo vão de R$ 2 mil a R$ 8 mil e são válidos para veículos novos com preços de mercado até R$ 120 mil. As montadoras também estão aplicando descontos adicionais por conta própria.

Transição verde

Alckmin participou da abertura do evento “O mercado regulado de carbono e a competitividade industrial”, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), e ressaltou que o governo deverá enviar nos próximos meses ao Congresso Nacional um projeto de lei regulando os créditos de carbono.

Iniciativa vigente em países desenvolvidos, em especial, a proposta deverá contemplar a compra creditícia por empresas.

Alckmin também reforçou que o governo federal aumentará a mistura do etanol na gasolina. Um grupo de trabalho no Ministério de Minas e Energia está estudando a elevação da adição do combustível sustentável na gasolina de 27% para 30%.

Fonte: CNN Brasil