O presidente em exercício Geraldo Alckmin (PSB) deve fazer, na próxima terça-feira (05), uma reunião com o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), para tratar da necessidade de ajuda do governo federal ao estado, caso haja o colapso previsto de uma mina da petroquímica Braskem em Maceió.
A Defesa Civil da cidade emitiu um alerta máximo nesta quinta-feira (30) devido ao risco iminente de colapso da mina 18, na Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange, na capital alagoana.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, se reuniu com membros do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) e da Defesa Civil Estadual na noite de ontem (30) para colher informações. Segundo ele, a Defesa Civil Nacional afirmou que o risco de colapso existe mas não deve haver afundamento de proporções muito grandes, que possa ultrapassar a área que foi desocupada.
“O importante é que a área de influência dessa catástrofe foi evacuada. Algumas pessoas ainda estavam por lá, e por decisão judicial, tiveram que ser retiradas, mesmo que agora a contra gosto, e isso é fundamental porque o mais importante nesse momento é preservar vidas”, disse o ministro.
Durante a reunião, o coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Moisés Melo, informou que nesta sexta-feira (1) o órgão terá uma reunião com o Ministério Público de Alagoas para solicitar que seja cobrado da Prefeitura de Maceió e da Defesa Municipal informações sobre a situação da mina.
Segundo o governo do estado, a Polícia Federal afirmou que acionou peritos criminais para a realização de uma análise adicional da situação do Mutange.
Risco eminente de colapso
A Defesa Civil de Maceió emitiu, nesta quinta-feira (30), um alerta máximo devido ao risco iminente de colapso da mina da petroquímica Braskem. A área já foi desocupada e a recomendação é que a população evite transitar nesta região enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo, até nova atualização do órgão.
Segundo o Governo de Alagoas, cinco abalos sísmicos foram registrados na região somente neste mês de novembro. O desabamento da mina pode ocasionar a formação de grandes crateras na região, além de provocar um efeito cascata em outras minas.
Em nota, a Braskem disse que continua mobilizada e monitorando a situação da mina 18, e que os dados atuais demonstram que o movimento do solo permanece concentrado na área dessa mina.
Ainda conforme a empresa, a área de serviço onde são executados os trabalhos de preenchimento dos poços está isolada desde a tarde de terça-feira (28), em cumprimento às ações definidas nos protocolos de segurança.
“Desde a noite de ontem, a empresa também está apoiando a realocação emergencial dos moradores que ainda resistem em permanecer na área de desocupação. Essa realocação emergencial foi determinada judicialmente ontem, e está sendo coordenada pela Defesa Civil. A realocação preventiva de toda a área de risco foi iniciada em novembro de 2019 e 99,3% dos imóveis já estão desocupados”, completa a nota.
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Fonte: CNN Brasil