O empresário João Amoêdo disse à CNN que o partido Novo se distanciou de seus princípios e incentiva manifestações antidemocráticas. Esses são alguns os motivos que o levaram a pedir desfiliação hoje do partido que ajudou a fundar.
“O partido hoje persegue filiados e tenta restringir a liberdade de expressão. O exemplo maior foi minha declaração de voto”, disse Amoêdo. “E agora lidera a CPI contra o STF e o TSE com o único objetivo de incentivar manifestações antidemocráticas”.
Durante as eleições, Amoêdo declarou voto em Lula e foi suspenso pelo partido. O presidente do partido, Eduardo Ribeiro, disse na época que a decisão de Amoêdo era uma “vergonha”. O partido Novo teve candidatura no primeiro turno, mas liberou seus filiados no segundo turno. Vários declararam apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro.
Amoêdo afirmou ainda que, na sua avaliação, o partido está se distanciando dos “princípios e valores para os quais foi criado” e que “não fez a fiscalização e a oposição necessária a Bolsonaro”.
O empresário diz que quer continuar trabalhando para incentivar as pessoas a participar da política e a aumentar o diálogo no país, mas que ainda não pensou como fará isso fora do Novo. “Era uma decisão difícil e quis tomá-la antes de pensar no amanhã”, afirmou.
Procurado pela CNN, o Partido Novo disse em nota que respeita a trajetória de João Amoêdo e sua participação na história da sigla, mas lamenta profundamente tais declarações graves e infundadas. Acrescenta ainda que, infelizmente, por atitudes e palavras como essas, Amoêdo se afastou cada vez mais dos princípios, das ideias e das pessoas do partido. Por fim, disse que o Novo é uma partido político democrático e sem dono.
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Fonte: CNN Brasil