Alguns ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) propuseram medidas sem o aval da Casa Civil, o que rendeu um “puxão de orelha” por parte do presidente em reunião nesta terça-feira (14).
O chefe de Estado reuniu os líderes das pastas e deu uma “bronca” para alinhar as ações da administração federal. Na ocasião, também pediu um minuto de silêncio em homenagem a Marielle Fanco e abordou as investigações de seu assassinato.
Entre os casos, é possível destacar a “contrarreforma” do ministro Carlos Lupi, da Previdência. No dia de sua posse, criticou a reforma da previdência e o sistema para se aposentar, dizendo que mudaria diversos pontos.
Ele também afirmou que a previdência não seria deficitária, mas os números mostram que ela gasta muito mais do que arrecada.
Em outra ocasião, Luiz Marinho, ministro do Trabalho, criticou quando algumas empresas e analistas disseram que uma eventual medida de regulamentação dos aplicativos de transporte poderia fazer com que as companhias deixassem o Brasil.
Marinho disse, então, que “se a Uber quiser sair do Brasil, a gente chama os correios para substituir”. O ministro também é crítico do saque-aniversário do FGTS, mas não há indicação que isso seja revisto pelo governo.
Por fim, a mais recente foi o anúncio de Márcio França, ministro dos Portos e Aeroportos, que falou à CNN que o governo federal iria emitir 12 milhões de passagens aéreas a R$ 200 por ano para aposentados, servidores públicos e estudantes.
Porém, conforme mostrado pela CNN, essa seria uma ação difícil de se concretizar, recebendo também uma reação negativa do setor privado.
*publicado por Tiago Tortella, da CNN
*com informações de Fernando Nakagawa, da CNN
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Fonte: CNN Brasil