• qui. jan 23rd, 2025

Área de buscas de Brumadinho era de 5 km; a nossa é de 40 km, diz comandante do RS

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Os bombeiros estão trabalhando há uma semana nas cidades e comunidades das margens do rio Taquari, no Rio Grande do Sul, e estão, agora, em fase de buscas pelas mais de 40 pessoas que ainda seguem desaparecidas após o ciclone e chuvas recordes que devastaram dezenas de municípios gaúchos.

Como o Taquari tem águas fortes, o nível delas subiu com as tempestades e o trajeto de rio é longo, a área atingida e onde pode haver vítimas é extensa, o que torna o trabalho de buscas por corpos e sobreviventes especialmente difícil, conforme explicou à CNN o tenente-coronel Daniel Dalmaso Coelho, comandante do 6º Batalhão de Bombeiro Militar do RS.

“A nossa área de busca é muito grande. As equipes que atuaram em Brumadinho tinham uma área [de buscas] de 5 quilômetros. Só de Muçum, pelo rio, a Roca Sales, são mais de 40 [quilômetros]”, disse ele.

Muçum e Roca Sales são dois dos primeiros municípios do curso do rio Taquari e foram os mais atingidos pelas enchentes, com os maiores danos e também os maiores números de vítimas e desaparecidos.

“A distância é curta, mas o rio dá muita volta. Então temos 40 quilômetros de área, perto do rio, com características de lodo semelhantes a Brumadinho.”

Rio arrastou corpo por mais de 100 km

De acordo com ele, uma das 46 vítimas já confirmadas, desaparecida na região de Muçum, chegou a ser encontrada a mais de 100 quilômetros dali, próxima a Porto Alegre, já no rio Guaíba, para onde corre o curso do Taquari.

Curso do rio Taquari, no Rio Grande do Sul / Arte CNN

“Isso dá uma dimensão da força [do rio] e da área” que as equipes de busca terão que percorrer buscando pelos desaparecidos, disse o tenente-coronel.

“Existe a possibilidade de que aconteça. Se já aconteceu, a gente trabalha com essa possibilidade.”

De acordo com o comandante, o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul está trabalhando com todo seu contingente e também com apoio de outros estados.

As buscas estão sendo feitas por terra, com homens acompanhados de cães treinados, e também por aeronaves e embarcações, para chegar às áreas de acesso mais difíceis, principalmente nas comunidades ribeirinhas fora das áreas urbanas.

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Fonte: CNN Brasil

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