Considerada uma das melhores adaptações de videogame para a televisão por alguns especialistas, The Last of Us, da HBO, conquistou também muitos fãs que nunca jogaram os games que inspiraram a produção audiovisual. A primeira temporada da série terminou neste domingo (12) e foi exibida mais cedo pela HBO Max para não concorrer com a exibição do Oscar 2023.

Em entrevista à CNN, o ator Gabriel Luna, que interpretou Tommy, irmão de Joel (Pedro Pascal), protagonista da produção, o que ele disse acreditar ter sido um ponto chave para a série ter conquistado um público mais abrangente.

“É emocionante quando você vê ação e os monstros, porque não é sobre isso. (…) Nosso show é sobre pessoas, sobre amor, sobre proteger um ao outro, sobre sobrevivência, sobre aventura. E é para tudo isso que as pessoas assistem televisão. Esse é o tipo de história que cativa as pessoas”, explicou Luna à CNN.

A série “furou a bolha” mesmo mostrando menos ação e os infectados ou, como muitos preferem, os zumbis ou monstros, como chamou o ator.

“Mas, os monstros estão logo ali, na beira da luz, esperando. É sempre mais emocionante ter eles vencendo esse desconhecido, essa ameaça sempre presente que pode, a qualquer momento, tirar as pessoas que você ama”, complementou.

Entre os motivos para que “The Last of Us” ter rompido a barreira que separa os fãs do game e o púbico em geral foi a forma que a série aprofundou temas como sexualidade, com personagens LGBTQIA+  tento as histórias de seus relacionamentos sendo contadas, a relação entre irmãos, como a vivida entre Joel e Tommy. Anteriormente, os produtores já haviam afirmado que a série é uma história sobre amor.

“Quando você foca nos personagens e no amor que eles têm uns pelos outros, a luta pela sobrevivência e sua jornada com a ameaça invasora…. É muito a razão pela qual conseguimos construir uma base de fãs que não é de apenas pessoas leais aos jogos”, disse o ator.

Luna conversou com a CNN na última quarta-feira (8) e disse o que pensava em relação à expectativa do público para o último episódio.

“Vai ser muito semelhante à reação de quando o jogo saiu e as pessoas conseguiram chegar ao final dele e sobreviver até ali, apenas para ser confrontado com uma decisão que terá dois lados”, destacou sobre o fim da primeira temporada.

Expectativa para a segunda temporada

Luna também falou sobre a expectativa para o seu personagem na próxima temporada, que foi confirmada pela HBO Max, e disse que já se preparou para interpretá-lo também para essa segunda temporada assim que foi escalado.

“Parte um e dois são uma única história para mim, então estou muito ansioso para levar Tommy mais longe nessa montanha-russa”, avaliou.

Como os personagens de “The Last of Us” estão sempre na iminência de viver uma tragédia “logo na esquina”, dado o mundo distópico em que vivem, Luna afirmou que está esperançoso com a nova fase que seu personagem deve passar.

“Vai ser emocionante ver um Tommy sorridente, divertido e amoroso, que todos se preocupam… ver ele se transformando no outro lado do que ele é”, pontuou.

Recado ao Brasil

Gabriel Luna é um ator, produtor, diretor e musicista do Texas, Estados Unidos. Dos trabalhos que fez estão o motoqueiro fantasma na série “Agents of S.H.I.E.L.D” e o vilão Rev-9 no filme “Exterminador do Futuro” (2019).

Logo começo da conversa com a CNN, Luna mostrou ser fã de um brasileiro. Ao ver o nome do repórter, disse ter se lembrado do ex-jogador de basquete brasileiro Tiago Splitter, que jogou pelo San Antonio Spurs, da NBA, time do ator.

Ao final da entrevista, Luna carinhosamente agradeceu aos fãs brasileiros com um sorriso e um típico “muito obrigado”.

Fonte: CNN Brasil