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Bienal de São Paulo ter maioria de artistas não brancos é uma conquista, diz curadora do MASP

set 5, 2023
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A 35ª edição da Bienal de São Paulo começa na quarta-feira (6) com uma novidade: 80% dos 121 artistas não se autodeclaram brancos.

O evento é a maior exposição de arte contemporânea do hemisfério sul, e tem mais de 1.100 obras, sob curadoria coletiva e também diversa.

“Vejo como uma conquista”, classificou a curadora assistente do MASP, Museu de Arte de São Paulo Glaucea Helena de Britto à CNN Rádio, no CNN Plural.

Ela, que também é fellow do programa de bolsas para minorias da ONU em direitos humanos, afirmou que “todos os espaços da sociedade, incluindo a expressão artística, deveriam refletir a realidade social.”

No caso do Brasil, “a maioria da população é negra, temos o maior percentual de pessoas afrodescendentes fora da África.”

“É uma luta histórica de ocupar espaços artísticos, como é o caso da Bienal de São Paulo”, disse Glaucea, ao mesmo tempo que reconhece a demora para se atingir este avanço.

Veja mais: 35ª edição da Bienal tem mais de 120 artistas

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A curadora destaca que o projeto curatorial da Bienal foi desenvolvido a partir de “mestres da nossa cultura” e que “entender o histórico de luta de movimento artístico e social no Brasil” é importante.

“Podemos entender essa edição da Bienal como um lugar de reencontrar raízes históricas, este movimento contemporâneo é resultado de luta, resistência, que sempre existiu, mas sem ter destaque”, completou.

*Com produção de Isabel Campos

Fonte: CNN Brasil

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