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Quase dez mil pessoas tiveram a programação do fim de semana cancelada. Esse era o público estimado de quatro blocos de pré-carnaval que desfilariam no Rio de Janeiro neste sábado (28), mas foram proibidos pelo Corpo de Bombeiros por não apresentarem a documentação exigida para esse tipo de evento.
O maior deles era o “Soul da Gema”, que, sozinho, levaria em torno de cinco mil pessoas para a orla da Barra da Tijuca, na zona oeste.
Na Ilha do Governador, na zona norte, o “20 de ouro do” também não vai poder sair, afetando um público estimado em quatro mil pessoas.
Os outros dois blocos que foram proibidos de circular são o “Nem muda nem sai de cima”, da Tijuca, na zona norte, e o “Carnaval do Museu do Pontal”, no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste.
Desfiles que contam com infraestrutura como palcos, trios elétricos e arquibancadas devem se legalizar junto à corporação.
A documentação necessária para o processo varia de acordo com as características de cada bloco, a previsão de público e a infraestrutura planejada.
“O corpo de bombeiros trabalha na preservação de vidas e bens. Estamos sempre a disposição para legalizar qualquer tipo de evento no estado, desde que esteja de acordo com a legislação. Sabemos que eventos geram empregos e renda, mas a lei tem que ser respeitada. Não podemos ter acidentes e perder vidas, como já aconteceu no passado”, explicou o secretário de Estado de Defesa Civil e Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, Leandro Monteiro.
A prefeitura da capital fluminense já foi avisada sobre a decisão, assim como a Polícia Militar e Polícia Civil.
No último dia 13, uma decisão judicial determinou multa mínima de R$ 100 mil para os blocos de carnaval que desfilarem sem autorização prévia do Corpo dos Bombeiros. Isso vale para os desfiles que recebem patrocínio.
Ainda segundo a Justiça, cabe à prefeitura encerrar as apresentações dos blocos autorizados, no máximo, até uma hora após o término.
Caso contrário, a multa mínima foi fixada em R$ 100 mil, por cada hora a mais.
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Fonte: CNN Brasil