Do título da Série B do Campeonato Brasileiro com o América-MG em 2017 até a classificação para a Eurocopa 2024. O analista de desempenho português Rui Sousa foi o grande responsável pelo desenvolvimento do Centro de Análise do Coelho. Seis anos depois, ele é peça fundamental no trabalho que classificou a Albânia para a segunda disputa de Eurocopa na história.
Rui Sousa chegou à equipe mineira em junho de 2016, com o técnico compatriota Sérgio Vieira. O comandante ficou no cargo por pouco mais de um mês, mas o analista de desempenho seguiu no clube até o fim de 2018, quando decidiu voltar a Portugal.
Agora classificado para a Eurocopa 2024 com a seleção da Albânia, Sousa destaca a participação no projeto da comissão técnica que conta com outros nomes conhecidos, como o treinador Sylvinho e os auxiliares Doriva e Pablo Zabaletta, ex-jogador da Seleção Argentina e Manchester City.
“Penso que meu trabalho contribuiu um pouco, assim como o de todos. O todo inclui a estrutura da Federação, desde o presidente, o estafe técnico e obviamente o estafe técnico do Sylvinho. Não podemos retirar os protagonistas, que são os jogadores em campo. É um sentimento extraordinário (a classificação para a Euro), porque não era um grupo fácil, tinha duas cabeças de chave mais bem ranqueadas. Em 2016, já foi extraordinário, e conseguir uma segunda vez é maravilhoso. É um país que sofre bastante com o futebol e estamos muito contentes por tudo”, afirmou em entrevista à Itatiaia.
A valorização do analista de desempenho
O contato com o técnico brasileiro se deu por amigos em comum, o que levou ao convite para trabalhar na seleção. Ele valorizou o desempenho de toda a comissão e também dos jogadores, que “com todas as condições dadas, fizeram o melhor possível”. Em relação à análise de desempenho, Sousa avaliou a importância para os resultados em campo e também falou sobre a valorização cada vez maior do profissional.
“O analista acaba sendo um veículo de transmissão de informações para que todos possam tomar as melhores decisões, desde o jogador em campo até a diretoria. Tudo sendo compilado e fornecido no tempo certo, de forma organizada dentro de um processo, obviamente vão contribuir para o sucesso em campo”, afirmou.
“Vejo o analista como um auxiliar técnico, mas para uma área muito específica, não acho que um treinador vá rejeitar um analista no clube, e creio também que, ao longo do tempo, a importância dos analistas vai acabar chegar à valorização devida e honesta dentro do futebol”, completou Rui Sousa.
Experiência no futebol brasileiro
Apesar da formação como engenheiro, Rui Sousa é pós-graduado em “Análise do jogo” pela Universidade do Porto, em Portugal. Depois dessa qualificação, o profissional não deixou mais o futebol e além de experiências no esporte luso, Sousa também estagiou no Flamengo e passou como efetivo por Sport, Atlético-PR, América-MG, Guaratinguetá-SP e Ferroviária-SP.
Em quase dois anos de trabalho em Belo Horizonte, o analista trabalhou com cinco técnicos: Sérgio Vieira, Enderson Moreira, Ricardo Drubscky, Adilson Batista e Givanildo Oliveira. Ele estava no clube em meio aos rebaixamentos à Série B em 2016 e 2018, mas também atuou na campanha que levou ao título da segunda divisão em 2017.
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Este conteúdo foi criado originalmente em Itatiaia.
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Fonte: CNN Brasil