A Controladoria-Geral da União (CGU) informou, nesta terça-feira (7), que instaurou diretamente uma Investigação Preliminar Sumária (IPS) para apurar a entrada ilegal de joias vindas da Arábia Saudita em uma comitiva do presidente Jair Bolsonaro (PL).
As joias, avaliadas em R$ 16,5 milhões, seriam presentes para a então primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Segundo a CGU, medida “foi tomada em razão das autoridades supostamente envolvidas no caso, da possível participação de servidores públicos de mais de um órgão federal e, por consequência, da complexidade da apuração”.
Eles explicam que a IPS é procedimento investigativo de caráter preparatório e não punitivo.
A CGU ainda declarou que o processo é de caráter restrito e que as informações só podem se tornar públicas após eventual arquivamento, publicação do TAC ou julgamento do PAD dela decorrente.
Entenda o caso
Em outubro de 2021, a Receita Federal apreendeu, no aeroporto de Guarulhos (SP), joias supostamente enviadas pela Arábia Saudita à então primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).
O colar, anel, relógio e par de brincos de diamantes estavam na mochila de um assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Na ocasião, a comitiva brasileira retornava de missão no Oriente Médio.
Integrantes do governo Bolsonaro tentaram retirar os itens retidos pela Receita. A gestão solicitou o envio das joias como entrega diplomática para a embaixada da Arábia Saudita.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que as joias iam para acervo da Presidência e negou ilegalidade.
Segundo apuração da âncora da CNN Daniela Lima, Michelle Bolsonaro acionou um advogado durante o final de semana para avaliar um requerimento formal para que as joias sejam enviadas de volta ao país do Oriente Médio.
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Fonte: CNN Brasil