• qui. jan 23rd, 2025

Cid vendeu Rolex e Wassef o recomprou para entregar ao TCU, diz PF

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O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, vendeu por US$ 68 mil (cerca de R$ 346 mil pela cotação atual do dólar) um relógio Rolex que era da Presidência da República. É o que mostra investigação da Polícia Federal (PF).

Segundo a PF, a venda foi em junho do ano passado, nos Estados Unidos.

Os investigadores dizem que provas colhidas apontam que Mauro Cid viajou de Miami a Willow Grove, na Pensilvânia, para ir a uma loja de relógios e “efetivou a venda do relógio que integrava o kit ouro branco presenteado ao ex-presidente Jair Bolsonaro”.

VÍDEO: Mauro Cid teria levado mala com presentes para o pai, segundo PF

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O kit foi presente da Arábia Saudita ao governo brasileiro em 2019.

Após a venda, sustenta a PF, Cid depositou o valor da venda na conta do pai dele, o general Mauro Lourena Cid.

Uma troca de mensagens entre os dois também mostrou que o pai indicou ao filho qual conta deveria ser depositado o dinheiro em espécie.

Com a descoberta do caso e decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) determinando a inserção dos presentes ao governo brasileiro para a União, teria sido realizada uma “operação resgate” para reaver o relógio que havia sido vendido.

A PF, no inquérito, revela que o então advogado de Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, foi o responsável pela recompra do objeto valioso.

A investigação aponta que no dia 14 de março deste ano, o advogado voltou ao Brasil com o relógio e entregou a Mauro Cid.

O militar, então, devolveu a Osmar Crivelatti, assessor do ex-presidente Bolsonaro, e, assim, foi reinserido no patrimônio da União.

Com base nessas provas colhidas, com pagamentos, mensagens trocadas, rastro do dinheiro e geolocalizações em Miami, a PF pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a autorização para cumprir os quatro mandados de busca e apreensão nas casas dos quatro envolvidos.

O objetivo é colher mais elementos para o inquérito.

A CNN procurou a defesa de Mauro Lourena Cid, Mauro César Cid e Wassef, mas ainda não obteve retorno. A reportagem continua atrás da defesa de Crivaletti.

Fonte: CNN Brasil

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