• qui. jan 23rd, 2025

Cientista renomada larga tudo na Rússia para defender a Ucrânia

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Nativa de Kharkiv, na Ucrânia, Olga Shpak vivia e trabalhava em Moscou, capital russa, desde os anos 90. Do dia para a noite, a renomada cientista de baleias decidiu ter uma nova vida.

Ela retornou ao seu país de origem na véspera da invasão russa.

“Estávamos tão ocupados, tão cansados no final do dia, que eu nem pensava em nada, não tinha emoções nem pensamentos. Eu só trabalhava sem parar, como uma máquina”, conta Olga sobre o primeiro dia em seu novo trabalho: combatente de guerra.

Um ano depois, Olga se especializou em ajudar pessoas comuns junto com um grupo humanitário local que distribui cobertores, camas e aquecedores para ajudar residentes sem energia elétrica a suportar o frio extremo do país do leste europeu.

“Nós entendemos que, enquanto voluntários, principalmente os que ajudam militares, somos um alvo. Então, eu estaria sendo ingênua se dissesse que não estou com medo. Não quero uma morte lenta, ser torturada, por exemplo. Mas, por outro lado, costumamos pensar que temos que viver o hoje. Só o amanhã nos mostrará como será nosso futuro”, conta a cientistas à correspondente internacional da CNN, Clarissa Ward, no documentário especial “The Will to Win - Ucrânia 1 Ano Depois”.

Cientista Olga participou de documentário da CNN “The Will to Win” / CNN

Produzido pela CNN e com apresentação da jornalista e correspondente internacional Clarissa Ward, o programa será exibido na CNN Brasil neste sábado, dia 4, às 22h45. A transmissão será pelo canal 577 nas operadoras de TV por assinatura, no sinal aberto em banda Ku, no Prime Video e no Youtube.

No documentário, Clarissa Ward também conversa com o magnata da agricultura Vsevolod Kozhemyako, que esquiava na Áustria quando o presidente russo, Vladimir Putin, invadiu a Ucrânia, há pouco mais de um ano.

Desde então, ele passou a usar sua fortuna de outra forma. Ele comanda o que é informalmente conhecido como o “Batalhão do Bilionário”, que ajudou a expulsar as forças russas da cidade de Karkhiv.

“Estamos lutando pela nossa liberdade, pelo nosso modo de vida. Nós não queríamos essa guerra. Eles começaram. Então temos que lutar. E quando a vitória vier, nós sempre nos lembraremos dos que perdemos”, disse à CNN.

O documentário mostra ainda o dia a dia do ucraniano Yvan, de 32 anos, que passou de civil a colaborador sistemático da inteligência do governo da Ucrânia. Ele pediu para a CNN não revelar o sobrenome dele por segurança.

Yvan explica que começou a fornecer informações secretas aos serviços de segurança da Ucrânia usando um aplicativo ucraniano chamado DIA.

“Se eu notasse algum equipamento ou local onde as tropas russas estavam posicionadas, eu marcava as coordenadas e mandava uma mensagem dizendo que encontrei uma unidade russa.”

Fonte: CNN Brasil

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