• qui. jan 23rd, 2025

Cláudia Rodrigues se prepara para tratamento contra esclerose nos Estados Unidos

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Diagnosticada com esclerose múltipla desde 2000, a atriz Cláudia Rodrigues se prepara para fazer um tratamento contra a doença nos Estados Unidos. A tecnologia desenvolvida por um médico brasileiro, Marc Abreu, tem foco na termodinâmica cerebral.

“A minha expectativa para o tratamento é a regeneração das minhas sequelas para que eu possa ter maior qualidade de vida e volte a atuar. Esse é o meu maior sonho”, afirmou Cláudia.

No caso da atriz, a indicação é pela técnica da hipotermia avançada guiada pelo cérebro, ou seja, a paciente vai receber estímulos para profundo resfriamento do sistema nervoso, seguidos pela indução de proteínas de choque térmico.

“As melhoras geralmente são imediatas e vão se consolidando ao longo dos meses seguintes ao tratamento. As abordagens convencionais têm um papel de diminuição da progressão da doença, mas não atuam na restauração de lesões cerebrais ou sequelas. O nosso tratamento tem como objetivo restaurar as funções perdidas e devolver a qualidade de vida”, afirmou Marc Abreu.

Nesta semana, em um vídeo publicado nas redes sociais, Adriane Bonato, namorada de Cláudia Rodrigues, confirmou que a atriz se prepara para integrar um programa experimental e personalizado, que incluirá o tratamento nos Estados Unidos.

Além disso, declarou que será necessário investir cerca de R$ 5 milhões para custear os procedimentos. Por isso, a cobertura da humorista, no Rio de Janeiro, foi colocada à venda.

Como funciona o tratamento?

Segundo o Instituto Médico BTT, responsável pelo tratamento, as doenças neurológicas, como a esclerose múltipla, geralmente estão associadas à máquina molecular de proteínas de choque térmico, que têm entre suas funções cuidar do cérebro em momentos de estresse.

Em 2007, o neurocientista Marc Abreu iniciou estudos sobre o Túnel Térmico Cerebral (BTT, na sigla em inglês), na Universidade de Yale. Em 2011, os resultados da tecnologia para o tratamento de esclerose múltipla foram apresentados no congresso da Sociedade Americana de Anestesistas ASA (American Society of Anesthesiologists), em Chicago (EUA).

“Os pacientes que sofrem de esclerose múltipla têm danos nas bainhas de mielina no cérebro, responsáveis pela condução nervosa. Nesses casos, modulando a temperatura do cérebro, o tratamento auxilia na ativação das células que produzem mielina, restaurando e preservando os nervos em processo de desmielinização e mantendo sua capacidade de conduzir impulsos nervosos”, aponta Abreu.

Antes de se submeter a uma sessão, cujo preço varia entre US$ 36 mil e US$ 50 mil, o paciente precisa passar por cinco dias de consultas e exames, como testes cognitivos, neuromusculares, de força, equilíbrio, respiratórios, de velocidade e visão.

Cláudia Rodrigues ainda está no estágio inicial de planejamento e avaliação do tratamento.

“Não há contraindicação, fazemos uma avaliação médica em que alguns dos critérios são o estado clínico e o estágio de progressão da doença para entender se o paciente pode ser submetido ao tratamento, que é o processo que Cláudia Rodrigues deve passar nos próximos meses. Já tratamos, por exemplo, um paciente de 88 anos, Sr. Christos Mitropoulos, com doença de Alzheimer e doença de Parkinson, que tinha a deglutição comprometida e voltou a comer, não falava e teve a fala restaurada e ainda dependia de cadeira de rodas para locomoção e voltou a andar”, relatou Abreu.

*Publicado por Tamara Nassif

Fonte: CNN Brasil

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