• qui. jan 23rd, 2025

CNN Sinais Vitais aborda os riscos do câncer de intestino

Ouvir notícia

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima, para o triênio de 2023 a 2025, mais de 45 mil casos de câncer de intestino por ano. De acordo com o Inca, são esperados cerca de 20 novos casos a cada 100 mil homens e de 21 a cada 100 mil mulheres.

Nesta semana, o CNN Sinais Vitais alerta sobre os riscos do câncer de intestino, também chamado de câncer colorretal. A reprise do programa apresentado pelo cardiologista Roberto Kalil vai ao ar neste sábado (29), às 19h15.

Segundo o médico Raul Cutait, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, o câncer colorretal é o segundo que mais acomete mulheres no Brasil, depois do câncer de mama. Além disso, também é o segundo mais frequente em homens, após o câncer de próstata. (veja entrevista no vídeo acima).

Cutait alerta para o aumento de casos nos últimos anos no Brasil e no mundo e diz que o problema tem relação com a alimentação. Segundo os especialistas, uma alimentação pobre em legumes e verduras e rica em carne vermelha e bebida alcoólica pode desencadear este tipo de câncer.

Há também pacientes que têm a Síndrome de Lynch, decorrente de uma alteração genética que aumenta o risco de desenvolvimento de tumores no cólon e no reto.

O programa conta com uma entrevista com a médica Angelita Habr-Gama, coloproctologista e cirurgiã do aparelho digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo. A especialista criou o protocolo “Watch & Wait”, que significa “observar e esperar”, usado para tumores que podem desaparecer (clínica e radiologicamente) com tratamento e sem necessidade de cirurgia.

“Hoje em dia, com novas drogas de quimioterapia e com radioterapia muito mais desenvolvidas, podemos chegar até 60% de doentes que evitam uma cirurgia. E evitar uma cirurgia de colostomia é uma glória”, diz Angelita. Segundo a médica, que é referência na área, os casos de câncer de intestino têm bom prognóstico quando diagnosticados precocemente.

A equipe da CNN acompanhou cirurgias de câncer colorretal no Hospital Sírio-Libanês com o médico Raul Cutait, e no Hospital A.C. Camargo com o médico Samuel Aguiar. O episódio mostra ainda, como ocorre o procedimento de laparoscopia com a ajuda de robôs ultramodernos.

Fatores genéticos

A geneticista e doutora em oncologia, Maria Isabel Achatz, explica os casos genéticos de câncer e como funcionam os exames disponíveis para detectar a doença.

“Hoje nós sabemos que 10% de todos os casos de câncer colorretal podem ser hereditários. O grande avanço é fazer um exame adicional chamado imuno-histoquímica, que encontra um indício da hereditariedade”.

De acordo com a especialista, mapear os familiares é uma estratégia importante de rastreio. “O que se sabe hoje é que nas famílias onde a hereditariedade é encontrada, a redução da mortalidade é efetiva”, conclui.

Prevenção

O desenvolvimento do câncer de intestino tem forte impacto da alimentação. Dietas pobres em fibras e o excesso no consumo de alimentos ultraprocessados contribuem para o surgimento da doença.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação não saudável.

Os sinais e sintomas mais comuns são: presença de sangue nas fezes; dor e cólica abdominal frequente com mais de 30 dias de duração; alteração no ritmo intestinal de início recente – quando um indivíduo que tinha o funcionamento intestinal normal passa a ter diarreia ou constipação -; emagrecimento rápido e não intencional; anemia, cansaço e fraqueza.

As principais orientações para prevenir o câncer colorretal incluem mudanças no estilo de vida.

É recomendada prática regular de atividade física, sendo que a orientação para adultos e idosos de realizar pelo menos 150 minutos de exercícios na semana, preferencialmente distribuídos em diferentes dias e momentos, podendo envolver atividades aeróbicas (caminhada, corrida, natação, ciclismo etc.), de fortalecimento de músculos e ossos e de alongamentos.

Manter o peso adequado, fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação, reduzir a quantidade de óleos, gorduras, sal e açúcar e limitar o consumo de alimentos processados também contribuem para evitar o desenvolvimento da doença.

Fonte: CNN Brasil

Compartilhar Postagem