O governo federal recuou e aceitou manter o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sob a estrutura do Banco Central (BC).
Na medida provisória da reestruturação ministerial, o órgão federal responsável por fiscalizar transações financeiras e evitar lavagem de dinheiro e ocultação de bens havia sido realocado para o Ministério da Fazenda.
Segundo relatos feitos à CNN, o Palácio do Planalto foi informado que a mudança enfrentava resistência no Senado e respaldou o relator da proposta, Isnaldo Bulhões (MDB-AL), a manter o órgão federal no Banco Central.
O assunto chegou a ser tratado pela área técnica do Palácio do Planalto e a conclusão foi de que, do ponto de vista técnico, a mudança não traria uma alteração substancial na atividade do Coaf.
A CNN noticiou na segunda-feira (22) a resistência de partidos de oposição à mudança e a tendência de que o texto final mantenha o Coaf na estrutura do Banco Central.
No parecer do relator, o Coaf permanecerá com seu antigo nome – Unidade de Inteligência Financeira (UIF).
O imbróglio envolvendo o Coaf surgiu na gestão de Jair Bolsonaro (PL), quando o órgão federal foi realocado do então Ministério da Economia, de Paulo Guedes, para a Justiça, inicialmente comandada pelo ex-juiz Sergio Moro.
Na tentativa de evitar um fortalecimento excessivo de Moro, o Congresso devolveu o Coaf à Economia.
Meses depois, Bolsonaro transferiu o órgão para o Banco Central.
Em 2018, o Coaf apontou movimentações atípicas de Fabricio Queiroz como ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
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Fonte: CNN Brasil