Em entrevista à CNN, Ric Scheinkman, presidente da Confederação Nacional das Câmaras de Comércio Brasil-Israel (CNBI), afirma que os episódios de violência que ocorreram em Israel neste sábado (7) devem reduzir o avanço das negociações entre o país e o Brasil nos próximos meses — mas não deve impactar negativamente no consolidado do ano.
Até setembro deste ano, o Brasil exportou mais de US$570 milhões para Israel, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Em sua grande maioria são exportados produtos químicos, inseticidas e principalmente fertilizantes. Já quanto às importações, o Brasil importou cerca de US$1 bilhão óleos brutos de petróleo, soja, carne bovina e milho.
Em 2022, o Brasil importou mais de US$2 bilhões de Israel, crescimento de 85,5% em relação a 2021, e exportou cerca de US$1,9 bilhão, aumento de 215%. “A expectativa é de chegar a US$10 bilhões nos próximos 5 anos de balança comercial entre os dois países, 1.500 empresas ativas e investimentos de $1 a $2 bilhões de USD”, afirma Ric Scheinkman.
De acordo com o presidente da CNBI, o conflito atual não deve alterar os investimentos, parcerias e negócios no longo prazo. “ O que pode haver é um atraso de meses, ou a retenção das importações e exportações por um tempo. As oportunidades entre os países seguem crescentes”, completa.
Entre os países, estão cerca de 450 empresas, com contratos de longo prazo. “As Multinacionais Brasileiras estão em Israel hoje trabalhando, colaborando e ativamente investindo no setor de Tecnologia e Inovação”, afirma. A CNBI enxerga que a nova fronteira para expansão da exportação global brasileira e para o Oriente Médio.
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*Sob supervisão de Márcia Barros
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Fonte: CNN Brasil