Neil Druckmann, criador da história de The Last of Us, falou sobre a principal diferença entre produzir o jogo e a série. Ele dirigiu o segundo episódio da adaptação da HBO, que foi ao ar neste domingo (22), o que considerou como um dos “pontos altos” de sua vida.
“A grande diferença é que você precisa planejar tudo com antecedência de uma forma que não ocorre no jogo”, disse Druckmann no podcast oficial da série.
“No jogo, fazemos essa captura de performance [gravar os movimentos de atores através de trajes e câmeras especiais para reproduzir no computador], e, depois que você tem isso em 3D, pode colocar a câmera onde quiser, pode mudar a roupa, você pode mudar o conjunto, você pode até mudar o personagem. Não se pode fazer isso em um programa de TV”, destacou.
“Você pode, até certo ponto, alterar com efeitos especiais, mas, na maioria das vezes, a gravação que você terá será praticamente o quadro final. Portanto, há todo esse trabalho de preparação que você precisa fazer com antecedência”, complementa.
Ele destacou que precisou se reunir previamente com diretores de diversas áreas — como de atuação, efeitos especiais, cenário, entre outros — para realizar todo o planejamento, até o momento “em que você grita ação, prende sua respiração e torce para que tudo funcione do jeito que você imaginou”.
Craig Mazin, showrunner da série, brincou que “o único pequeno aviso prático de direção que dei a ele foi esperar um pouco mais antes de gritar ‘corta’”.
Ainda sobre a experiência de dirigir o segundo episódio, Druckmann pontuou que era como se “tivessem feito a Disney apenas para ele”.
História de Tess
Os produtores também revelaram que escreveram o que seria a história da personagem Tess antes de a conhecermos no jogo e na série, mas que nunca foi gravada.
“Ela tinha um marido e um filho, e eles foram infectados, e ela teve que matá-los. Ela matou o marido, mas não conseguiu matar o filho. Ela não conseguia fazer isso, então o trancou no porão, onde, teoricamente, ele ainda é um estalador”, diz Craig Mazin.
O estalador é um humano em estado avançado de infecção pelo fungo Cordyceps na ficção, sendo um dos focos do segundo capítulo da produção audiovisual.
Druckmann destaca, por sua vez, que imaginaram como isso seria filmado e que Tess contaria essa história. Porém, acabou não se encaixando com o resto do roteiro.
A CNN assistiu a todos os episódios. Saiba mais sobre a série e o que achamos nesta matéria.
Ouça o segundo episódio do podcast de The Last of Us:
Compartilhe:
Fonte: CNN Brasil