Autoridades de Cuba alertaram, em transmissão nacional de televisão, que os apagões irão aumentar de forma significativa devido à falta de combustível, o que pode piorar a situação do país, que já enfrenta escassez de alimentos e remédios. Os cortes podem começar em outubro.
Os governos locais no país caribenho já começaram a anunciar cortes no uso de energia em empresas estatais e outras entidades, incluindo novas medidas para adiar eventos esportivos e aulas universitárias.
“Não teremos o nível de combustível que necessitamos ou o que tivemos nos meses anteriores”, disse o ministro da Energia, Vicente Levy, no programa Mesa Redonda, transmitido na noite da quarta-feira (27), juntamente com o ministro de Economia, Alejandro Gil.
Ambas as autoridades sugeriram que os cubanos podem esperar apagões com duração entre oito e dez horas por dia fora de Havana, onde os residentes até agora foram geralmente poupados de cortes de energia.
O país caribenho está atolado numa crise econômica e enfrenta apagões, escassez de alimentos, medicamentos e combustível desde a pandemia do coronavírus, empurrando o seu Produto Interno Bruto (PIB) 8% abaixo dos níveis de 2020, e com a produção de bens 40% menor, de acordo com o governo.
Cuba afirma que as sanções dos Estados Unidos, com objetivo de privar o país da moeda estrangeira necessária para importar a maior parte do seu combustível, alimentos e alguns outros suprimentos, são, em grande parte, responsáveis pela situação na ilha.
Os dois ministros afirmaram na quarta que Cuba está fazendo esforços diários para garantir o combustível mínimo necessário para manter o país funcionando, sem explicar porque a situação foi de mal a pior.
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Fonte: CNN Brasil