• dom. fev 2nd, 2025

Delegação da Venezuela chega ao México para conversas com oposição

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Uma delegação representando o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, chegou à Cidade do México na sexta-feira (25) para assinar um “acordo social” com seus oponentes políticos, depois que as negociações entre os dois lados estão paralisadas há mais de um ano.

Mediadas pela Noruega, as negociações serão retomadas após meses de reuniões informais e podem aliviar as tensões das sanções petrolíferas dos EUA à Venezuela, ao mesmo tempo em que impulsiona a atividade CVX.N da principal petrolífera Chevron no setor de energia do país.

A delegação do governo é chefiada pelo líder do Congresso, Jorge Rodriguez, dos socialistas no poder, e o grupo de oposição é chefiado pelo político Gerardo Blyde.

As negociações visam romper um impasse amargo entre o regime autoritário de Maduro e a dividida oposição política, em meio a um êxodo em massa na última década de venezuelanos fugindo da miséria econômica.

Nesta sábado (26), espera-se que ambos os lados assinem um acordo que visa atender a necessidades sociais vitais, segundo o governo.

Chegando à capital mexicana, a delegação de nove pessoas de Rodriguez inclui Camilla Fabri, esposa do empresário colombiano Alex Saab.

A extradição de Saab para os Estados Unidos em outubro de 2021 por acusações de lavagem de dinheiro irritou o governo venezuelano e levou à suspensão das negociações. Desde então, Maduro exige a libertação de Saab.

Rodriguez disse que o acordo visa resolver problemas na prestação de serviços públicos, mas não deu detalhes sobre os valores ou prazos para receber os recursos, que seriam administrados pelas Nações Unidas.

Na quinta-feira (24), Maduro disse que as negociações permitirão à Venezuela “recuperar os recursos sequestrados e investi-los nas pessoas”, acrescentando: “Então veremos que outras questões podem ser discutidas”. 

A oposição vê as negociações como uma saída para uma crise política prolongada com um eventual acordo sobre eleições presidenciais “livres e justas” em 2024. 

Fonte: CNN Brasil

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