• qui. jan 23rd, 2025

Depoimento de Zambelli à PF foi adiado após pedido de sua defesa

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O depoimento da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) à Polícia Federal (PF) foi adiado, nesta segunda-feira (7), a pedido da sua defesa. A CNN teve acesso à petição que solicitou a medida. As informações são da âncora Raquel Landim.

A parlamentar é investigada pela possível contratação do hacker Walter Delgatti Neto para inserir, de maneira ilegal, dados no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), entre eles um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o advogado Daniel Bialski, foi solicitado que a oitiva fosse adiada para uma data posterior à análise completa do inquérito. Ele ainda explica que foi empenhado esforço para buscar acesso ao documento por meio de petições, e-mails e ligações, mas sem sucesso.

Também foi informado pela defesa que Zambelli não responderia a perguntas sobre seu suposto envolvimento com Walter Delgatti, pois não teve acesso aos autos do processo. Foi reiterado que a deputada deseja esclarecer a situação, mas não pode assim fazer sem ter todas as informações sobre o caso.

A PF planejava convocar a parlamentar para depor novamente, mesmo antes de adiar o depoimento a pedido da defesa. No entanto, até o momento, a data para esse novo depoimento ainda não foi definida.

VÍDEO – PL não deve blindar Zambelli e aposta em cassação

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Entenda por que Zambelli é investigada

O caso passou para a competência do Supremo Tribunal Federal (STF) após a suspeita de envolvimento de Carla Zambelli.

Segundo os investigadores, Delgatti teria invadido os sistemas entre setembro e dezembro de 2022 a pedido de Zambelli, com o objetivo de expor vulnerabilidades do Poder Judiciário pouco antes das eleições.

Na época, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendia, sem apresentar provas, que o sistema eleitoral brasileiro era inseguro e pedia que fosse alterado, com a inclusão do voto impresso nas urnas eletrônicas.

Além disso, a PF também investiga crimes que ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente de outros tribunais pelo país, 11 alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos, além de um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes.

O hacker preso recebeu R$ 13,5 mil da deputada, segundo a PF. Os pagamentos feitos são um dos elementos que embasam a operação.

“Os pagamentos foram sempre relacionados ao site, para ele fazer melhorias no site, fazer firewall no site e ligar as minhas redes sociais ao site, que ele próprio disse que não conseguiu realizar essa tarefa. Inclusive, deveria ter tido até a devolução [do dinheiro]”, argumentou Zambelli em coletiva na Câmara dos Deputados.

Após a operação da PF, líderes ligados à cúpula da Câmara dos Deputados passaram a apostar numa eventual cassação de Zambelli.

Veja também: Villa: Zambelli provavelmente terá o mandato cassado

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*Publicado por Douglas Porto

Fonte: CNN Brasil

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