O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, se reuniram na quinta-feira (11) para “aparar as arestas” e preparar a tramitação do arcabouço fiscal no Congresso Nacional a partir da próxima semana.
O encontro aconteceu logo depois de Lira desembarcar no Brasil, vindo de Nova York, e após sucessivas derrotas do governo na Câmara devido à insatisfação da base aliada com a falta de liberação de emendas e pela lentidão na distribuição de cargos.
Padilha anunciou no mesmo dia que o governo já liberou R$ 4 bilhões de restos a pagar do governo Bolsonaro.
Outros R$ 1,6 bilhão foram empenhados em emendas individuais deste ano. Lira e Padilha estão alinhados para a aprovação do arcabouço fiscal com novas “travas”.
A tendência é que o relator, deputado Claudio Cajado (PP-AL), inclua compromissos, como contingenciamento de despesas ao longo do ano, caso a meta de superávit primário não esteja sendo cumprida, além da vedação na contratação de servidores.
Segundo fontes do PT, o partido não deve apresentar emendas, apesar da insatisfação da presidente da legenda, Gleisi Hoffman (PT-PR), com as mudanças que devem ser propostas pelos partidos do Centrão. Para Gleisi, os partidos aliados querem ressuscitar o teto de gastos.
A relação entre o governo e o Congresso ainda deve seguir tensa. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, por exemplo, tenta retomar o decreto do saneamento no Senado Federal.
Costa se reuniu com líderes da base e da oposição, e os senadores resistem. A prioridade da articulação política do governo Lula, no entanto, é o arcabouço fiscal.
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Fonte: CNN Brasil