Os deputados federais do PL, Filipe Barros (PR), e do PT, Bohn Gass (RS) debateram neste sábado (11), na CNN, as razões para se criar ou não no Congresso Nacional uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar os atos golpistas de 8 de janeiro.
O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro e oposição ao governo Lula, apoia a abertura da comissão de investigação, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os partidos de sua base têm advogado contra a instalação, sob o argumento de que se sobreporia a outras pautas mais urgentes no Parlamento.
Os partidos da oposição já reuniram a quantidade de assinaturas necessária e protocolaram no Congresso um requerimento para a abertura da CPI no âmbito federal.
“A CPMI não deve ser instalada e já há, inclusive, uma CPI instalada [para investigar os atos de 8 de janeiro] na Câmara do Distrito Federal. Por que fazer outra?”, disse Gass, do PT.
“É responsabilidade da segurança do Distrito Federal em torno de todo o processo que foi aquele terrorismo (…). Todos os órgão do governo também estão trabalhando e investigando quem planejou os atentados, quem patrocinou e quem se omitiu. O governador do DF [Ibaneis Rocha] está afastado, seu secretário [de Segurança Pública, Anderson Torres] está preso. Muitas pessoas estão presas por vandalismos. Todos já estão sendo investigados e autuados pela CPI em curso no DF neste momento pelos deputados distritais”, complementou o deputado petista.
Filipe Barros, do PL, argumentou que há forças nacionais também responsáveis pelos atos e que também precisam ser investigadas, o que justificaria uma CPI sobre o assunto também no Congresso Nacional.
“Quero lembrar que tivemos uma intervenção federal e a convocação da Força Nacional; a atribuição era também do governo federal. O Lula era o chefe maior das Forças Armadas desde 1º de janeiro”, disse.
“Queremos saber onde estava a Força Nacional, que havia sido convocada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, dois dias antes. Onde estava o batalhão da guarda que faz a segurança do Planalto, sob responsabilidade do GSI [Gabinete de Segurança Institucional]? Também não estavam lá. São essas perguntas que queremos responder”, acrescentou Barros.
Veja o debate completo no vídeo acima
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Fonte: CNN Brasil