Em painel promovido pela CNN neste sábado (27), os deputados Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Alberto Neto (PL-AM) discutem novas informações acerca da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos de ação e omissão ocorridos em 8 de janeiro.
Neste sábado (27), a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) entrou com um requerimento que solicita ao Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) que acompanhe os trabalhos da comissão.
Ambos os deputados veem a medida como positiva para o processo investigativo.
Alberto Neto crê que a decisão vem com o intuito de trazer mais transparência ao processo.
Ele afirmou que o Brasil vive um momento difícil, de quebra na harmonia entre os poderes, e que na própria eleição uma atuação “personalíssima” do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, especificamente, do ministro Alexandre de Moraes fez com que manifestações contra a interferência do processo democrático acontecessem no país.
“A senadora solicita a presença da ONU para trazer mais transparência não somente ao Brasil, mas ao mundo todo. O mundo todo quer saber o que acontecer naquele fatídico 8 de janeiro”, exalta o deputado.
“Temos um governo que trabalhou contra todo esse processo de abertura da CPMI. Então ficou muito contraditório, obscuro. Precisamos investigar, descobrir quem são os culpados e libertar inocentes que foram condenados dentro desse processo, que é o mais importante”.
Henrique Vieira, por sua vez, concorda que, quanto mais participação da sociedade e mais controle social sobre o que está sendo feito na CPMI, melhor.
Mas acredita que, mesmo agora, ainda existe uma perspectiva de que houve interferência do Supremo Tribunal Federal (STF) — referindo-se à fala de Neto sobre a atuação de Alexandre de Moraes — no processo eleitoral. “Esse é o germe do golpe”, argumenta.
Vieira defende: “que a ONU acompanhe, que a imprensa acompanhe, que a sociedade acompanhe. Que seja um trabalho sério, bem feito, com presunção de inocência, com direito ao contraditório. Mas para mim estará evidente que o dia 8 de janeiro não foi uma coisa pontual, mas consequência da incapacidade da extrema-direita de aceitar sua derrota nas eleições no dia 30 de outubro”.
Confira o debate na íntegra no vídeo acima.
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Fonte: CNN Brasil