Em debate realizado pela CNN, o deputado federal e vice-líder do partido na Câmara, Orlando Silva (PCdoB-SP), e o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), discutiram a situação das empresas estatais após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Questionado se o resultado da corrida pelo Palácio do Planalto prejudica as estatais, Barros respondeu que “o mercado está dizendo que sim, não necessariamente, mas o fato é que a transição vinha com nomes mais consensuais para a leitura do mercado. Aí, em um segundo momento, começam a chegar nomes que têm uma trajetória já conhecida do mercado, e, também, a fala do próprio presidente Lula”.
Já o deputado Orlando Silva afirmou que “não há nenhum risco de dano à gestão das estatais, ao patrimônio das estatais, aos resultados das empresas estatais, a partir do governo do presidente Lula. Eu falo isso com convicção, porque, em primeiro lugar, Lula já foi presidente do Brasil”.
Segundo um levantamento da TradeMap, feito a pedido do CNN Brasil Business, as empresas estatais listadas na bolsa perderam R$ 101,258 bilhões em valor de marcado desde o fim do segundo turno das eleições.
Vídeo de 2017
Os parlamentares também repercutiram um vídeo resgatado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que mostra Lula dizendo, em 2017, que o Partido dos Trabalhadores tem que “desagradar o mercado”.
As imagens ressurgem após um discurso do petista, nessa quinta-feira (10), confrontando o teto de gastos e as questões sociais do país.
Silva caracterizou a estratégia como “desinformação”. “Uma frase falada em um seminário sobre educação, em 2017, ser trazida para o debate de hoje, depois de um dia tenso nos mercados é desinformação”, disse.
Sobre o tema, o deputado Ricardo Barros fez menção ao projeto de combate às fake news, cujo relator é o deputado Orlando Silva. “Lamentavelmente, não pudemos votar no Congresso por falta de interesse até do próprio governo”, afirmou.
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Fonte: CNN Brasil