Em entrevista à CNN, nesta quarta-feira (30), a economista e professora do Insper, Juliana Inhasz, afirmou que as discussões sobre uma nova âncora fiscal devem ser aprofundadas.
“O mercado, ele precisa de uma resposta de como vai ser feito o financiamento desses gastos que são grandes. Não estamos falando de uma quantidade pequena de recursos. A âncora fiscal, esse nova forma de tentar ganhar credibilidade desse mercado é muito importante pois ela consegue fazer com que esses agentes olhem para o posicionamento do governo e consigam entender perspectivas positivas ou formular expectativas a partir dali”, disse.
A economista avalia ainda que a própria PEC do Estouro foi pensada de uma maneira rápida e sem a discussão que deveria existir em torno dela.
Na terça-feira (29), a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Estouro, proposta pela equipe de transição de governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atingiu o número mínimo de assinaturas necessário para o início da tramitação e foi registrada no sistema do Senado.
O texto manteve a proposta original de tirar R$ 175 bilhões do teto de gastos e deixar um espaço de R$ 23 bilhões para investimentos, totalizando R$ 198 bilhões.
Ainda assim, interlocutores do novo governo falam em discutir valores menores, de R$ 150 bilhões ou menos, e ainda considerar a proposta do senador Tasso Jereissati (PSDB), que não tira o Bolsa Família do teto, mas abre espaço de R$ 80 bilhões no teto.
Veja a entrevista completa no vídeo acima.
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Fonte: CNN Brasil