O dólar operava em queda nos primeiros negócios desta quarta-feira (29), com mercado aguardando mais detalhes sobre a nova regra fiscal do país, em dia de reunião “decisiva” dos ministros Fernando Haddad, da Fazenda, e Rui Costa, da Casa Civil.
Por volta das 9h17 (horário de Brasília), a moeda norte-americana recuava 0,14%, cotada a R$ 5,158 na venda.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a reunião que definirá a nova regra fiscal será realizada nesta quarta. A apresentação ao público e ao Congresso Nacional deve ser ainda nesta semana, também adiantou o ministro.
Haddad disse que o texto da nova regra fiscal que deve substituir o “teto de gastos” está pronto, mas depende da aprovação final do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para a apresentação da proposta.
“A lei propriamente tem prazo de 15 de abril para estar compatível com a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), mas isso não nos impede já de divulgar a regra fiscal”, disse Haddad.
Segundo ele, a proposta foi fechada pela equipe técnica do Ministério da Fazenda, mas ainda cabem ajustes caso haja alguma consideração do presidente. “A palavra final é sempre do presidente, até ser anunciado a palavra final é sempre dele”, disse.
No exterior, as bolsas aproveitam o momento para engatar em recuperação, com um novo-velho desafio se ensaiando: o de se posicionar para os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
O dado mais importante da semana vem na sexta-feira, com o PCE (Preços para Despesas com Consumo Pessoal, na sigla em inglês) — o índice favorito do BC norte-americano para basilar a decisão sobre juros. Até lá, o mercado deve oscilar no modo “no news, good news”, que vê a falta de novas notícias como uma boa notícia.
Na véspera, o dólar recuou 0,80%, a R$ 5,165 na venda.
O Banco Central fará neste pregão leilão de até 16 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de maio de 2023.
Publicado por Tamara Nassif. Com informações de Diego Mendes, da CNN, e da Reuters.
Compartilhe:
Fonte: CNN Brasil