Em reunião com seus ministros de Estado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu que todos fizessem um minuto de silêncio para homenagear a vereadora Marielle Franco, cujo assassinato completa cinco anos nesta terça-feira (14).
Em post no Twitter, Lula disse que reforçou o compromisso já firmado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, de ampliar a colaboração federal com as investigações sobre o caso, que é tratado como “questão de honra” para o governo federal.
Hoje, ao lado da companheira @aniellefranco, reforcei o compromisso já firmado pelo ministro @FlavioDino de somarmos todos os esforços para descobrirmos quem mandou matar Marielle Franco. #JustiçaPorMarielleEAnderson
🎥: @ricardostuckert pic.twitter.com/PBcYLg7XJs
— Lula (@LulaOficial) March 14, 2023
No vídeo publicado por Lula, Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial e irmã de Marielle, agradeceu o carinho de seus companheiros na política e disse: “Enquanto a gente não conseguir responder quem mandou matar minha irmã, a gente segue nessa democracia frágil.”
Em suas redes sociais, Anielle também se manifestou nesta terça.
“Meia década, Mari. Já se passaram 5 anos desde que nos tiraram você e Anderson. 5 anos de saudade, de luta, de busca por justiça sobre um crime político, que ecoou mundo afora, de uma mulher negra, mãe, bissexual, defensora dos direitos humanos, que foi brutalmente assassinada com 5 tiros na cabeça, saindo do seu exercício político.
De 2018, nós agimos para acompanhar e cobrar as investigações. Em 5 anos, essa é a primeira vez que o governo está realmente comprometido com justiça pelo caso.
Esse é um governo que está trabalhando pela justiça, com o presidente, o Ministro da Justiça, a Ministra da Igualdade Racial e tantos outros ministérios comprometidos com isso.”
com 5 tiros na cabeça saindo do seu exercício político.
De 2018, nós agimos para acompanhar e cobrar as investigações. Em 5 anos, essa é a primeira vez que o governo está realmente comprometido com justiça pelo caso. pic.twitter.com/Unlf5F6nCY
— Anielle Franco (@aniellefranco) March 14, 2023
O ministro da Justiça, Flávio Dino, mencionou o caso durante uma fala na segunda-feira (14) e disse que as autoridades “mataram” a vereadora novamente ao não conseguirem trazer respostas para o caso.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também postou sobre em suas redes sociais. “Quem mandou matar Marielle Franco e Anderson? Qual foi o motivo? A busca das respostas é uma luta por justiça, por democracia, por humanidade, por um futuro digno e sem violência.”
Quem mandou matar Marielle Franco e Anderson? Qual foi o motivo? A busca das respostas é uma luta por justiça, por democracia, por humanidade, por um futuro digno e sem violência. Uma forma de defender quem acredita e exerce seu direito de fazer do mundo um lugar melhor. pic.twitter.com/uiSbdlJCWl
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) March 14, 2023
Cinco anos desde o assassinato de Marielle e Anderson
Os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completam cinco anos nesta terça-feira (14). Até o momento, a Justiça não elucidou quem mandou matar a vereadora e por quê.
Em 2019, os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram presos por efetuarem os disparos que mataram Marielle e Anderson.
Ambos foram executados a tiros em 2018 dentro de um carro na Rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, região central do Rio de Janeiro. O crime ocorreu por volta das 21h, após a vereadora ter deixado um evento na Casa das Pretas, no bairro da Lapa.
Fernanda Gonçalves, chefe de gabinete do mandato, atingida por estilhaços, foi a única sobrevivente.
A investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro aponta que um veículo dirigido pelo ex-policial militar Élcio de Queiroz emparelhou com o carro da parlamentar. De dentro do veículo, o sargento reformado da Polícia Militar, Ronnie Lessa, teria atirado ao menos treze vezes contra o grupo.
A vereadora, que estava no banco traseiro, foi alvejada quatro vezes na cabeça enquanto Anderson levou três tiros nas costas.
*Publicado por Fernanda Pinotti
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Fonte: CNN Brasil