O embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, protocolou neste sábado (17) sua pré-candidatura à presidência do país vizinho. Ele se candidatará pelo partido “Unidos Triunfaremos”, que confirmou inscrição para as primárias que acontecerão no dia 13 de agosto e que definirão os candidatos às eleições de 22 de outubro.

As primárias são chamadas na Argentina de Paso (Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias), que definem quais serão os candidatos à presidência da Argentina por cada partido ou coligação. Scioli e seu partido integram a frente União pela Pátria, que inclui as legendas que elegeram o atual presidente, Alberto Fernández.

Os outros partidos que incluem a frente União pela Pátria ainda não definiram seus pré-candidatos, embora alguns nomes saiam como favoritos, como o atual ministro da economia Sergio Massa, pela Frente Renovadora. O Partido Justicialista, conhecido popularmente como Peronista, está em um vácuo depois que Fernández anunciou que não sairá candidato.

Oposição quase definida

Se os partidos aliados a Fernández seguem em indefinição, a oposição deu um passo importante para chegarem mais coesos às Paso. A principal frente oposicionista, o Juntos por el Cambio (Juntos pela Mudança) confirmou a coligação de partidos que disputará as eleições presidenciais. Integrarão o coletivo o Proposta Republicana (PRO), liderada pelo ex-presidente Mauricio Macri, a Coalizão Cívica, a União Cívica Radical (UCR) e o Encontro Federal Republicano, liderado por Miguel Pichetto.

A coligação também conta com outras legendas menores, como o Movimento de Integração e Desenvolvimento (MID), o Partido Democrático Progressista, o Partido Unir e o Geração para um Encontro Nacional (GEN).

Atualmente dois nomes são os mais fortes e que seguem na disputa dentro das primárias, especialmente após Macri anunciar que não seria candidato: o prefeito de Buenos Aires, Horacio Larreta, e a parlamentar e ex-ministra da Segurança Patricia Bullrich.

Outros nomes podem sair candidatos, de forma independente ou dentro dessa coligação oposicionista. Destes, o nome mais destacado é o do deputado de extrema-direita Javier Milei. No entanto, algumas forças do Juntos pela Mudança, como a própria Bullrich, tenta atraí-lo para a coligação.

Fonte: CNN Brasil