A Neuralink, startup de neurotecnologia cofundada por Elon Musk, está oficialmente aprovada pela Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês), a realizar estudos clínicos usando implantes cerebrais em humanos.
“Este é o resultado de um trabalho incrível da equipe Neuralink em estreita colaboração com o FDA e representa um primeiro passo importante que um dia permitirá que nossa tecnologia ajude muitas pessoas”, celebrou a empresa na quinta-feira, 25, pelo Twitter.
We are excited to share that we have received the FDA’s approval to launch our first-in-human clinical study!
This is the result of incredible work by the Neuralink team in close collaboration with the FDA and represents an important first step that will one day allow our…
— Neuralink (@neuralink) May 25, 2023
De acordo com informações da CNBC, a extensão do estudo aprovado ainda não é conhecida e o recrutamento de pacientes para o ensaio ainda não está aberto. A ideia, no entanto, será tratar doenças graves – consideradas sem cura.
Ainda segundo a publicação, a empresa, fundada em 2016, está construindo um implante cerebral intitulado de “Link”, que visa ajudar pacientes com paralisia severa a controlar tecnologias externas usando apenas sinais neurais.
Ou seja, aqueles que sofrem de doenças degenerativas graves, como ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), podem eventualmente recuperar a capacidade de se comunicar com seus entes queridos movendo cursores e digitando com suas mentes.
Neuralink no alvo das investigações
Vale dizer que, conforme publicou a Reuters, a Neuralink é alvo de investigação por possíveis violações da Lei de Bem-Estar Animal norte-americana.
Funcionários disseram a agência que no último ano a empresa estaria apressando e estragando cirurgias em macacos, porcos e ovelhas, resultando em mortes desnecessárias dos animais, enquanto Musk pressionava a equipe para receber a aprovação do FDA.
Deputados dos Estados Unidos também pediram uma investigação para apurar se a composição de um painel que supervisiona os testes em animais na Neuralink contribuiu para experimentos malsucedidos.
Além disso, o Departamento de Transporte está investigando se a startup transportou ilegalmente patógenos perigosos em chips removidos de cérebros de macacos sem medidas de contenção adequadas.
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Fonte: CNN Brasil