A PwC, uma das maiores empresas de auditoria do mundo, vendeu parte de sua consultoria governamental na Austrália por apenas US$ 0,7 centavos, após um escândalo envolvendo vazamento de dados confidenciais do país.
A empresa anunciou a decisão no domingo (25), após suspeita do ex-sócio da companhia, Peter Collins, ter repassado a terceiros informações sigilosas do governo australiano, o que deixou uma “ampla gama de funcionário dentro da PwC a par de informações confidenciais”, de acordo com a companhia.
A PwC venderá sua participação para a Allegro Funds, uma empresa de private equity. O negócio equivale a cerca de 20% do faturamento da empresa no país.
O Senado australiano instaurou um inquérito para apurar o caso no final do mês passado e a Policia Federal também abriu investigação.
Como tentativa de recuperar a confiança do governo, o então CEO da PwC, Tom Seymour, se afastou do cargo assim que o escândalo veio à público, em maio do ano passado. Dois membros do conselho também deixaram suas posições.
Além disso, na época, a atual CEO da empresa, Kristin Stubbins, afirmou em carta aberta que a empresa exigiu o afastamento de nove sócios enquanto uma investigação sobre quem poderia ter compartilhado ou feito uso indevido de informações confidenciais era conduzida. A executiva chegou a de desculpar publicamente.
O conselho fiscal da Austrália confirmou o envolvimento de Collins que, desde então, teve sua licença como agente tributário cassada.
Stubbins reconheceu que a PwC “tinha uma cultura em nossos negócios tributários que permitia comportamento inadequado e, até agora, nem sempre responsabilizou adequadamente nossos líderes e os envolvidos”.
Como solução, a empresa anunciou que iria começar uma revisão independente da cultura e de suas atuais práticas de governança.
Publicado por Amanda Sampaio.
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Fonte: CNN Brasil