Um grupo de 12 entidades que representam empresas do comércio, serviços e também instituições financeiras divulgou um manifesto nesta quarta-feira (23) em que defendem a existência e manutenção do parcelamento sem juros – a modalidade que se popularizou no Brasil e que não faz distinção entre o preço pago à vista ou em parcelas por um produto.
O Sebrae, de apoio ao empreendedorismo, e a Proteste, associação de defesa do consumidor, são alguns que também assinam o documento.
No início do mês, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse em audiência no Senado Federal que o governo deve pensar em medidas para desestimular o uso irrestrito do “parcelado sem juros”.
No diagnóstico de Campos Neto, o grande problema do endividamento do brasileiro é o juro alto do rotativo do cartão de crédito, e o uso disseminado dos longos parcelamentos acaba ampliando o problema.
“Do ponto de vista dos consumidores, o parcelamento sem juros é a oportunidade de adquirir um produto ou serviço em condições que se encaixem melhor em seu orçamento. Para o comércio, o parcelamento é uma linha de crédito para capital de giro mais barata e a chance de fidelizar clientes”, diz o manifesto.
“Além do mais, o parcelamento sem juros é fundamental para a economia. No ano passado, a modalidade representou metade das compras com cartão de crédito no país e movimentou mais de R$ 1 trilhão de reais – equivalente a cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.”
Além do Sebrae e da Proteste, o manifesto foi assinado também pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), a Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (Abipag), Associação Brasileira de Internet (Abranet), (Associação Brasileira de Academias (ACAD Brasil), Associação de Lojistas do Brás (Alobrás), Conecta, Parcele na Hora, a União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (Univinco) e a Euroconsumers Brasil, também de direito dos consumidores.
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Fonte: CNN Brasil