O presidente da CPI do MST, o deputado federal Coronel-Tenente Zucco (Republicanos-RS), afirmou à CNN neste domingo (13) que a eminente entrada do Centrão na Esplanada dos Ministérios enfraqueceu a comissão.
“Sou contra a entrada do meu partido, o Republicanos, no governo. Não gostaria de enxergar isso, mas, se acontecer, espero que não afete, de forma determinante, a CPI do MST.”
O deputado confirmou que a CPI luta pela sobrevivência nos próximos dias.
“O desgaste é uma consequência. Nós temos um objeto muito claro: temos que mostrar que não está tendo uma política de reforma agrária, que o governo está sendo omisso, ou até conivente, com movimentos de luta pela terra que não querem, dentro da democracia, fazer uma reforma.”
Segundo ele, no momento em que a CPI conseguiu convocar o ministro da Casa Civil, Rui Costa, foi um ponto determinante para que existisse esse movimento de desgaste dos trabalhos.
“A CPI incomoda. Ela está mostrando para a sociedade brasileira que esses movimentos de nada querem a reforma agrária. E isso tem um preço. Nesta semana, íamos ouvir o ministro Rui Costa, que fugiu e usou o governo para trocar parlamentares.”
Mesmo com a debandada de deputados da CPI, Zucco diz que acredita num relatório forte, mesmo sendo a minoria na comissão.
“Se assim permanecer, vamos acelerar o relatório. Porque, não adianta fazer um esforço, identificar os crimes, e depois que entregar o relatório e voltar tudo como era antes, com escalada de invasões e governo omisso.”
Confira a entrevista com o deputado na íntegra no vídeo acima.
*Produzido por Manoela Carlucci.
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Fonte: CNN Brasil