O general Kyrylo Budanov, chefe da inteligência militar da Ucrânia, criticou o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) – o chamado banco do Brics – por ser “uma das últimas associações amigas da Rússia”.
Na visão do governo ucraniano, isolar a Rússia é uma das maneiras de acelerar o fim do conflito na Europa. A menção ao Brics foi feita, durante uma entrevista em Kiev, na qual considerou normal que os russos buscassem auxílio em países que são “próximos” a eles, citando nominalmente o Brasil.
Perguntado pela CNN sobre como ele via a posição do Brasil em relação ao conflito, o espião-chefe ucraniano evitou criticar diretamente o país, mas deixou claro seu descontentamento com “interpretações” que podem ajudar a diminuir a responsabilidade da Rússia na guerra.
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“Há muito o que se discutir sobre as causas da guerra. Mas há uma coisa que está fora de qualquer dúvida, porque é um fato. Não se pode discutir com um fato. E o fato é muito simples: as tropas russas atravessaram a fronteira e entraram no território de um Estado soberano. E este fato não pode ter qualquer dupla ou tripla interpretação. Trata-se de um fato absolutamente confirmado”, disse ele.
O militar admitiu, porém, que gostaria de ter o apoio do Brasil e de outros países latino-americanos.
“É claro que precisamos que todos os países do mundo sejam capazes de compreender as razões e a realidade do que está acontecendo”, disse.
Ele acrescentou que os ucranianos precisam mostrar que “tudo pode ser visto de forma diferente, mas há datas e acontecimentos, e as datas dizem-nos que, em 24 de fevereiro de 2022, um Estado invadiu militarmente outro Estado. Todo o resto é irrelevante”.
Aos 37 anos, Budanov é um dos generais mais jovens do Exército ucraniano e tem tido um papel fundamental na guerra, alimentando as forças armadas do seu país com preciosas informações relacionadas aos movimentos dos russos.
Na entrevista, o chefe da espionagem militar se recusou a responder se a guerra seria resolvida no campo de batalha ou numa mesa de negociação.
“Essa é uma pergunta política, e eu não posso respondê-la”, disse ele.
Budanov, no entanto, ironizou a onda de ataques com drones contra Moscou, tida como responsabilidade dos ucranianos.
“isso foi um castigo de Deus”, disse ele, no único momento em que se descontraiu na entrevista, que foi intermediada pela ONG ucraniana Transatlantic Dialogue Center.
Imagens mostram a destruição da guerra entre Rússia e Ucrânia
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Veja imagens que mostram a destruição da guerra na Ucrânia após cerca de um ano e meio de conflito
Crédito: 30/06/2023 REUTERS/Valentyn Ogirenko -
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Vista mostra ponte Chonhar danificada após ataque de míssil ucraniano, em Kherson, Ucrânia
Crédito: 22/06/2023Líder da região de Kherson Vladimir Saldo via Telegram/Handout via REUTERS -
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Casas inundadas em bairro de Kherson, Ucrânia, quarta-feira, 7 de junho de 2023.
Crédito: Felipe Dana/AP -
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Prédio destruído em Mariupol, na Ucrânia
Crédito: 14/04/2022 REUTERS/Pavel Klimov -
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Área residencial inundada após o colapso da barragem de Nova Kakhovka na cidade de Hola Prystan, na região de Kherson, Ucrânia, controlada pela Rússia, em 8 de junho.
Crédito: Alexander Ermochenko/Reuters -
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Imagens de drone obtidas pelo The Wall Street Journal mostram soldado russo se rendendo a um drone ucraniano no campo de batalha de Bakhmut em maio.
Crédito: The Wall Street Journal -
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Vista aérea da cidade ucraniana de Bakhmut
Crédito: Vista área da cidade ucraniana de Bakhmut em imagem de vídeo15/06/202393rd Kholodnyi Yar Brigade/Divulgação via REUTERS -
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Socorristas trabalham em casa atingida por míssil, em Kramatorsk, Ucrânia
Crédito: 14/06/2023Serviço de Imprensa do Serviço Estatal de Emergência da Ucrânia/Handout via REUTERS -
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A cidade de Velyka Novosilka, na linha de frente, carrega as cicatrizes de um ano e meio de bombardeios.
Crédito: Vasco Cotovio/CNN -
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Crateras e foguetes não detonados são uma visão comum na cidade de Velyka Novosilka, que foi atacada pelas forças russas.
Crédito: Vasco Cotovio/CNN -
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Policial ucraniano dentro de cratera perto do edifício danificado por drone russo.
Crédito: Reprodução/Reuters -
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Rescaldo de um ataque de míssil russo na região de Zhytomyr
Crédito: Bombeiros trabalham em área residencial após ataque de míssil russo na cidade de Zviahel, Ucrânia09/06/2023. Press service of the State Emergency Service of Ukraine in Zhytomyr region/Handout via REUTERS -
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Danos à barragem de Nova Kakhovka, no sul da Ucrânia, são vistos em uma captura de tela de um vídeo de mídia social.
Crédito: Telegram/@DDGeopolitics -
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Vista da ponte destruída sobre o rio Donets
Crédito: Lev Radin/Pacific Press/LightRocket via Getty Images -
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Ataque com míssil mata criança de 2 anos e deixa 22 pessoas feridas na Ucrânia, diz governo
Crédito: Ministério da Defesa da Ucrânia/Divulgação/Twitter -
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Foto tirada por ucraniana após ataques com drones russos contra Kiev. Drones foram abatidos, mas destroços provocaram estragos.
Crédito: Andre Luis Alves/Anadolu Agency via Getty Images -
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Morador local de pé em frente a prédio residencial fortemente danificado durante o conflito Rússia-Ucrânia, no assentamento de Toshkivka, região de Luhansk, Ucrânia controlada pela Rússia
Crédito: 24/03/2023REUTERS/Alexander Ermochenko -
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Soldados ucranianos disparam artilharia na linha de frente de Donetsk em 24 de abril de 2023.
Crédito: Muhammed Enes Yildirim/Agência Anadolu/Getty Images -
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Ataque de mísseis russos atingem prédio residencial em Uman, na região central da Ucrânia
Crédito: Reuters -
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Vista aérea da cidade ucraniana de Bakhmut capturada via drone
Crédito: 15/04/2023 Adam Tactic Group/Divulgação via REUTERS
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Fonte: CNN Brasil