• qui. jan 23rd, 2025

Estado do Rio de Janeiro terá dois centros de testagem para varíola dos macacos

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A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro vai abrir dois centros de testagem para a varíola dos macacos. Com mais de 360 casos, a pasta pretende implementar um polo na região central da capital e outro na Baixada Fluminense.

Segundo o secretário de Saúde, Alexandre Chieppe, a unidade da cidade do Rio deverá ser inaugurada ainda nesta semana. “Será uma estrutura menor do que tivemos para a Covid-19, mas que é necessária e precisa ser acessível para a população”, afirmou Chieppe à CNN.

Segundo o painel de monitoramento da varíola dos macacos no estado do Rio de Janeiro, 84% dos casos se concentram na Região Metropolitana, que é composta pela capital e municípios da Baixada Fluminense. No momento, há 422 casos em investigação no estado fluminense.

O Rio de Janeiro é o segundo estado com mais casos de monkeypox no Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo, que já registra um pouco mais de 2 mil casos.

De acordo com os dados do Ministério da Saúde, 95% dos casos da doença são em homens, entre 18 e 49 anos de idade. A prevalência da doença, que atinge 22 estados, está concentrada na região sudeste.

Até o momento, o Brasil registra 2.985 casos confirmados de varíola dos macacos nos estados de São Paulo (2.019), Rio de Janeiro (355), Minas Gerais (133), Distrito Federal (116), Paraná (62), Goiás (116), Bahia (26), Ceará (14), Rio Grande do Norte (10), Espírito Santo (8), Pernambuco (15), Tocantins (1), Maranhão (2), Acre (1), Amazonas (9), Pará (2), Paraíba (1), Piauí (1), Rio Grande do Sul (44), Mato Grosso (4), Mato Grosso do Sul (10), e Santa Catarina (36).

Diagnóstico laboratorial de varíola dos macacos / Foto: Josué Damacena/IOC/Fiocruz

Como é feito o diagnóstico de monkeypox

O diagnóstico da varíola dos macacos é realizado de forma laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético.

O diagnóstico molecular (chamado tecnicamente de RT-PCR) é considerado a técnica padrão ouro para a detecção de vírus. O método permite a identificação do material genético de um microrganismo e tem sido amplamente utilizado no diagnóstico do SARS-CoV-2, por exemplo, na pandemia de Covid-19.

Já o sequenciamento genético é uma técnica mais complexa, associada à identificação de bases do DNA viral. Com o mapeamento genético, é possível comparar o genoma do vírus com outros disponíveis nas bases de dados, por exemplo.

Após a realização do teste, o material é encaminhado pelos estados para a rede de referência laboratorial.

Atualmente são oito unidades, sendo quatro Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens), nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal. Além de quatro unidades de referência nacional, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) localizadas nos estados do Rio de Janeiro e Amazonas, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e no Instituto Evandro Chagas, no estado do Pará.

(Com informações de Lucas Rocha, da CNN)

Fonte: CNN Brasil

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