O capitão Sérgio Cordeiro, ex-segurança do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ficou em silêncio durante depoimento na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, na tarde desta quarta-feira (31).

O depoimento foi marcado para 15h. A CNN apurou que Cordeiro chegou na sede da PF, por volta das 14h50, em um carro descaracterizado e escoltado pela Polícia do Exército, já que está preso desde 3 de maio sob suspeita de participar de um suposto esquema de fraudes em cartões de vacinação da Covid-19 dele, de familiares, de militares amigos, do então presidente Bolsonaro e da filha de 12 anos do mandatário.

Cordeiro foi intimado a depor hoje sobre a suposta participação dele no caso, mas a CNN apurou que o militar ficou em silêncio, da mesma forma que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, em 18 de maio. Cid também está preso por suspeita de fraudes.

Segundo a defesa do militar, ela foi impedida de atualizar as cópias do processo. Inclusive, teria pedido ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF) acesso às atualizações, mas sem sucesso.

Um novo depoimento deve ser agendado para que o capitão Sérgio Cordeiro explique sua versão para o caso. Os advogados esperam conseguir atualizar as cópias do processo.

Depoimento de Bolsonaro

Bolsonaro já prestou depoimento à Polícia Federal sobre o caso. Ele afirmou que não pediu a ninguém para falsificar cartões de vacinação contra Covid-19 para ele, nem para inserir dados no ConecteSUS em seu nome.

Bolsonaro também disse não saber o que foi feito por Mauro Cid nem supostas motivações. O ex-presidente ainda negou ter apoiado qualquer ato de insurreição ou afastamento do Estado Democrático de Direito.

Fonte: CNN Brasil