Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (2), o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais do Brasil, Alexandre Padilha, disse que os fatos envolvendo as declarações de Marcos do Val (Podemos-ES) devem ser investigadas.
“Revelações gravíssimas apontadas pelo senador [Marcos do Val], tem que ser fortemente apurados pelos instrumentos que o Estado brasileiro tem, seja a Polícia Federal ou seja instrumentos derivados do inquérito no Supremo Tribunal Federal“.
Para o ministro, o governo federal fez o que estava a seu alcance após os atos do dia 8 de janeiro.
“Aquilo que cabe a Lula diante dos atos terroristas que estava orquestrado foi feito, que foi a intervenção federal na segurança pública, um movimento institucional que envolveu Rodrigo Pacheco, Arthur Lira, a presidência do STF, os 27 governadores”, disse.
“Fato de o Congresso ter aprovado a intervenção e o fato do interventor ter cumprido papel muito importante para estabelecer a ordem e a segurança no país. Então a principal ação do governo do presidente Lula foi feita, que foi a reabilitação do ambiente institucional do país.”
Padilha disse que o povo Yanomami foi abandonado pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e que a preocupação do atual governo é cuidar do povo brasileiro.
“Estava em uma reunião com o governador de Roraima. Recebemos e estabelecemos ações conjuntas para salvar o povo Yanomami, por razão humanitária. Cuidar do povo que foi abandonado pelo governo Bolsonaro”.
“Esse é o nosso foco. Para nós as eleições já passaram, e nosso foco e preocupação política é cuidar do povo brasileiro, consolidar a democracia e reabilitar a situação institucional do país.”
Padilha ressaltou que o atual governo terá responsabilidade fiscal, e que a autonomia do Banco Central continuará sendo respeitada.
“O Banco Central e a sociedade brasileira podem ter absoluta certeza: se tem um governo que terá responsabilidade fiscal, combinado com a responsabilidade socioambiental é o de Lula”.
“O presidente Lula sempre diz que ele sempre garantiu autonomia do Banco Central, ele afirma isso. Sempre respeitou a autonomia do BC quando era presidente e respeitará ainda mais agora que tem uma lei. Não existe qualquer discussão no governo de mudança nessa lei de autonomia do BC.”
Compartilhe:
Fonte: CNN Brasil