A Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) divulgou a lista dos nomes confirmados na Programação Principal da sua 21ª edição. Ao todo são 38 autores, sendo 28 mulheres.
Entre os nomes internacionais estão a equatoriana Mónica Ojeda, de “Madíbula”; Alana S. Portero, espanhola, mulher trans e ativista, autora de “Maus Costumes”; Dionne Brand, autora de “Um Mapa para a Porta do Não Retorno”, de Trinidad e Tobago e outras.
Do Brasil, a lista conta com Itamar Vieira Junior, de “Torto Arado”; Manuela D’Ávila, de “Por que lutamos”; Socorro Acioli, de “A Cabeça do Santo” e outros.
Confira a lista completa:
Internacionais:
- Akwaeke Emezi (Nigéria, EUA)
- Alana Portero (Espanha)
- Christina Sharpe (EUA)
- David Jackson (EUA)
- Dionne Brand (Trinidad e Tobago, Canadá)
- Ilya Kaminsky (Ucrânia, EUA)
- Kelefa Sanneh (Inglaterra, EUA)
- Laura Wittner (Argentina)
- Manuel Mutimucuio (Moçambique)
- Marion Aubert (França)
- Mónica Ojeda (Equador)
- Nora Krug (Alemanha)
- Sinéad Gleeson (Irlanda)
Nacionais:
- Adriana Armony
- Angélica Freitas
- Bruna Beber
- Carla Akotirene
- Denise Carrascosa
- Eliane Marques
- Felipe Charbel
- Flora Süssekind
- Glicéria Tupinambá
- Gustavo Caboco
- Itamar Vieira Junior
- Joice Berth
- Jorge Augusto
- José Henrique Bortoluci
- Leda Cartum
- Leda Maria Martins
- Lubi Prates
- Luiza Romão
- Manuela D’Ávila
- Maria Dolores Rodriguez
- Marília Garcia
- Miriam Esposito
- Natalia Timerman
- Socorro Acioli
- Tatiana Pequeno
A Flip 2023 acontece de 22 a 26 de novembro de 2023, tem como curadoras Fernanda Bastos, jornalista gaúcha e editora de livros, e Milena Britto, professora da UFBA. Ambas estrearam na curadoria da Flip 2022, quando formaram um coletivo ao lado de Pedro Meira Monteiro.
“Nosso desejo na curadoria deste ano é seguir honrando a tradição da festa e reproduzir uma porção diminuta da polifonia que é característica de uma população diversa e curiosa como é a brasileira, sem perder de vista que a literatura não precisa estar distante e dissociada do desejo de vida de cada um e cada uma de nós”, diz Fernanda.
A autora homenageada deste ano é Patrícia Rehder Galvão, a Pagu. Foi cartunista, jornalista, dramaturga, poeta, tradutora, crítica literária e multiartista, atuando ativamente nos movimentos feminista, vanguardista e antifascista.
Pagu publicou os romances Parque Industrial (edição da autora, 1933), sob o pseudônimo Mara Lobo, considerado o primeiro romance proletário brasileiro, e A Famosa Revista (Americ-Edit, 1945), em colaboração com Geraldo Ferraz.
Escreveu também contos policiais, sob o pseudônimo King Shelter, publicados originalmente na revista pulp Detective, publicada pelo Diários Associados. Alguns desses textos foram dirigidos pelo dramaturgo Nelson Rodrigues, e depois reunidos em Safra Macabra (Livraria José Olympio Editora, 1998).
Profundamente engajada com as questões sociais e anticonvencional por excelência, a obra de Pagu foi, ao longo do tempo, abraçada por mulheres, feministas, concretistas, marxistas, além das mais variadas correntes artísticas e sociais, que enxergam na sua figura um emblema da força feminista e vanguardista.
Compartilhe:
Fonte: CNN Brasil