Em comunicado logo após o anúncio das primeiras medidas econômicas do novo governo da Argentina, a diretoria do Fundo Monetário Internacional chamou de “ousadas” as iniciativas de Luis Caputo para começar a implementar o choque de gestão de Javier Milei.
“O FMI saúda as medidas anunciadas pelo novo ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo. Estas ações iniciais ousadas visam melhorar significativamente as finanças públicas de uma forma que proteja os mais vulneráveis da sociedade e fortaleça o regime cambial”, diz o documento assinado por Julie Kozack, diretor de comunicação do órgão.
A organização afirma que vai continuar trabalhando junto às autoridades argentinas e que o novo pacote fornece uma “boa base para futuras discussões para colocar o programa existente apoiado pelo Fundo de volta ao caminho certo.”
A Argentina tem uma dívida US$ 45 bilhões de reais com o FMI, a maior operação de crédito da história do Fundo. Milei e Caputo já estiveram com a diretoria do órgão para iniciar um novo processo de negociação dos próximos pagamentos e tratar do plano econômico do novo presidente.
Em sua conta na rede social X, Kristina Giorgeva, diretora-gerente do FMI, deu boas-vindas às medidas anunciadas por Caputo para “enfrentar os desafios econômicos significativos da Argentina”, que considerou ser “um passo importante para restaurar a estabilidade e reconstruir o potencial econômico do país”.
Há uma semana, depois do encontro entre a direção do FMI e os líderes argentinos, Julie Kozack já tinha defendido foco num plano de estabilização “forte, crível e politicamente aceito” para lidar com a realidade “desafiadora e muito complexa”.
No comunicado desta terça-feira (12), o diretor de comunicação do FMI destaca que a implementação das medidas de Caputo precisar ser “decisiva” para conseguir estabelecer as bases para um crescimento mais sustentável e liderado pelo setor privado.
Durante seu pronunciamento, Caputo afirmou que o governo vai paralisar obras públicas que não tenham começado ainda e que os investimentos em infraestrutura deverão ser liderados pelo setor privado.
Veja também: Entenda o pacote econômico anunciado por Milei
Publicado por Amanda Sampaio, da CNN.
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Fonte: CNN Brasil