• qui. jan 23rd, 2025

Governo agora precisa focar e ter determinação para aumentar receitas, diz Cajado à CNN

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Em entrevista à CNN na noite desta terça-feira (22), o relator do marco fiscal na Câmara dos Deputados, Claudio Cajado (PP-BA), afirmou que, com a aprovação do texto, desafio passa a ser do governo para que meta fiscal seja cumprida.

“O desafio do governo agora é exatamente fazer com que no ano que vem haja um déficit zerado, e a partir daí botar o governo no azul, ter superávit e estar com mais recursos do que gastos”, disse.

Para Cajado, governo precisa se manter focado e ter determinação para aumentar suas receitas.

“O nosso projeto o regime fiscal prevê isso, que você vá elevar as despesas em até 70% para que haja 30% justamente de poupança fiscal para ter a trajetória da dívida num médio prazo estabilizada, e no longo prazo começar a decair”, afirmou.

“Agora o governo vai ter que focar, ter que ter determinação de aumentar as suas receitas, e eu vejo que o governo não pode estar criando despesas sem a receita respectiva”, complementou.

O relator do marco fiscal na Câmara disse ainda que o não cumprimento da meta fiscal para 2024 comprometeria o projeto e a credibilidade do governo.

“Se o governo não atingir a meta do ano que vem, de zerar o déficit fiscal, de fato compromete o marco fiscal, compromete a credibilidade do governo e mais ainda a boa vontade, a parceria que a Câmara tem dado, não para o governo que está se beneficiando, mas para o pais e para o povo brasileiro”, destacou.

O relator do projeto também comentou sobre ter deixado as despesas com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e com o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) de fora das novas regras fiscais.

“Quando houve modificação no Senado, os dois ficaram num único inciso: ou você tirava os dois ou você mantinha os dois”, disse.

Cajado afirmou que a decisão sobre os fundos foi feita por meio de “acordo de líderes”.

“Os líderes aqueceram, fizeram uma manifestação, um apelo para que nós mantivéssemos esses únicos dois pontos de aceitação das emenda no Senado, rejeitando todas as demais e mantendo meu relatório integralmente”, afirmou.

“Um acordo como esses, através dos líderes partidários, eu tive que aceitar e aceitei, fiz um novo relatório acatando”, concluiu.

Publicado por Amanda Sampaio, da CNN.

Fonte: CNN Brasil

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