O governo Lula operou e conseguiu promover uma reunião para destituir o atual presidente do Sebrae, Carlos Melles.
Melles é filiado ao PL de Jair Bolsonaro e é próximo ao ex-presidente. Ele foi reeleito para o cargo no dia 30 de novembro, um mês após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Desde então, o presidente da República designou seu braço-direito Paulo Okamotto para liderar um movimento para que o governo possa ocupar o posto.
O governo quer indicar o ex-deputado do PT de Santa Catarina Decio Lima para a presidência do Sebrae.
O presidente do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae, Carlos Zeferino, que também é vice-presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), encaminhou um ofício convocando os demais integrantes do colegiado para votar a destituição de Melles.
“Convoco Vossa Senhoria para participar, no dia 30 de março de 2023, quinta-feira, da seguinte reunião do Conselho Deliberativo Nacional: das 14h00 às 14h30 – deliberação acerca do pedido de Destituição “ad nutum” do Diretor-Presidente, de acordo com o Art. 14, Inciso IV, do Estatuto Social do SEBRAE”, diz o documento que convoca a reunião do conselho.
Uma tentativa de destituição já havia ocorrido neste ano, mas não houve número de votos suficientes. Para tirar o presidente do Sebrae, é preciso o apoio de 11 dos 15 conselheiros.
O colegiado tem cinco cadeiras do governo, cinco de entidades de micro e pequena empresa e cinco das grandes confederações empresariais, como CNA e CNI.
Okamotto confirmou à CNN a operação. “É uma instituição muito importante para o governo, que precisa estar próxima ao governo e não de costas para o governo. Foi proposto um acordo, mas ele não foi aceito”, disse Paulo Okamotto à CNN.
A interlocutores, Melles disse que poderá ir à Justiça contra a destituição.
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Fonte: CNN Brasil