O governo federal reforçou a segurança dos policiais penais e dos presídios federais após encontrar ameaças de facções criminosas em relação a ataques e mortes contra agentes.
Um documento em nome do secretário nacional de Políticas Penais, Rafael Velasco, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, foi enviado para agentes que trabalham nos cinco presídios federais do Brasil, com atenção especial para as penitenciárias de Brasília e de Campo Grande (MS).
O ofício informa sobre as ameaças de facções criminosas contra agentes e planos de resgate de lideranças criminosas, conforme noticiado na sexta-feira (17) pela CNN. O documento fala para que todos ‘redobrem a atenção’ e ‘não baixem a guarda’.
A Senappen também está com plano de reforço de segurança do presídio de Brasília, onde está preso Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. Novos agentes chegarão para reforçar a unidade. A quantidade de policiais é mantida sob sigilo por questões de segurança.
Esses novos policiais penais virão da recém-criada Força Penal Nacional. “A Força é mais um instrumento no combate às organizações criminosas, no local onde nasceram e se nutrem: o sistema penitenciário. Com a nova Força, vamos ampliar apoio aos estados, por exemplo com tecnologia para retirada de celulares nos presídios estaduais, bem como na implantação de protocolos de segurança e de capacitação das equipes”, declarou o ministro da Justiça, Flávio Dino, no X (antigo Twitter).
À CNN, o secretário Rafael Velasco comentou o caso. “Esperamos o pior cenário sempre, pois temos os piores presos da América, e quiçá do mundo. Me preparo para o pior. Não podemos ser vítimas desse processo. Temos que protagonizar a defesa do estado democrático de direito dentro do sistema de execução penal. Meu dever é sempre estar em alerta, vigilante. Se eu baixar a guarda, viro vítima. Tenho que ser exemplo para os servidores”, declarou.
Ameaças
A CNN mostrou nesta sexta-feira (17) que setores de inteligência do Ministério da Justiça descobriram novas ameaças de ataques a presídios federais de segurança máxima e mortes de policiais penais. As cinco penitenciárias federais reúnem líderes das maiores facções brasileiras.
As ameaças, segundo boletins de alertas, são principalmente para os presídios federais de Campo Grande (MS) e Brasília (DF).
Os alertas monitorados pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do MJ, mostram que os planos das facções vão desde sequestro e morte de policiais e autoridades públicas a ataques a presídios federais para recuperar lideranças.
Segundo fontes com acesso, os alertas são frequentes. E o Sistema Penitenciário Federal fica em alerta com novos e específicos boletins. No entanto, as novas ameaças descobertas “são mais pesadas”, segundo relatos.
A Inteligência descobriu tanto ameaças diretas quanto conversas em grupos de negociações para ataques em grupos. O material também é compartilhado com a Polícia Federal.
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Fonte: CNN Brasil