• qui. jan 23rd, 2025

Greve em SP: começa a paralisação de trens e Metrô nesta terça-feira (28)

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Os serviços do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) estão sendo afetados pela greve dos metroviários e ferroviários de São Paulo nesta terça-feira (28). A paralisação teve início à 0h (horário de Brasília) e deve durar 24 horas.

A greve foi organizada por sindicatos de diversas categorias que representam o funcionalismo do estado de São Paulo. A expectativa é de que também haja paralisações em escolas da rede estadual de ensino e no atendimento da Sabesp.

Uma nota conjunta assinada pelas entidades organizadoras informa que o movimento é contra a privatização de empresas públicas como Sabesp, CPTM e Metrô. Os manifestantes também pedem a “reestatização dos serviços públicos privatizados” e o fim das terceirizações.

Os organizadores cobram também a reintegração dos metroviários que foram demitidos após a greve da categoria em outubro.

As linhas que não sofrerão nenhuma alteração em seu funcionamento nesta terça-feira são operadas por empresas privadas: a concessionária ViaQuatro, que opera a Linha 4 – Amarela (Luz – Vila Sônia), e a ViaMobilidade, que opera as linhas 5 – Lilás (Capão Redondo – Chácara Klabin), 8 – Diamante (Júlio Prestes – Amador Bueno) e 9 – Esmeralda (Osasco – Mendes/Vila Natal).

Veja as linhas do metrô e dos trens que estão sendo afetadas pela greve:

No metrô:

  • Linha 1 – Azul (Jabaquara – Tucuruvi) Funcionando de Tiradentes até Ana Rosa
  • Linha 2 – Verde (Vila Madalena – Vila Prudente) Funcionando de Ipiranga até Clínicas
  • Linha 3 – Vermelha (Palmeiras/Barra Funda – Corinthians/Itaquera) Funcionando de Bresser até Santa Cecília
  • Linha 15 – Prata (Vila Prudente – Jardim Colonial) Operação paralisada

Nos trens:

  • Linha 7 – Rubi (Luz – Jundiaí) Funcionando de Luz a Caieiras com intervalo de 8 minutos
  • Linha 10 – Turquesa (Luz – Rio Grande da Serra) Operação paralisada
  • Linha 11 – Coral (Luz – Estudantes) Funcionando de Luz até Guaianases com intervalo de 6 minutos
  • Linha 12 – Safira (Brás – Calmon Viana) Operação normal com intervalo de 8 minutos
  • Linha 13 – Jade (Engenheiro Goulart – Aeroporto de Guarulhos) Operação normal integral com intervalo de 30 minutos

Linhas que não serão afetadas

No metrô:

  • Linha 4 – Amarela (Luz – Vila Sônia) Operação normal
  • Linha 5 – Lilás (Capão Redondo – Chácara Klabin) Operação normal

Nos trens:

  • Linha 8 – Diamante (Júlio Prestes – Amador Bueno) Operação normal
  • Linha 9 – Esmeralda (Osasco – Mendes/Vila Natal) Operação normal

Veja também: Justiça determina funcionamento de ao menos 85% dos trens e 80% do metrô nesta terça (28)

Rodízio suspenso

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo anunciou que o rodízio municipal de veículos na capital paulista estará suspenso ao longo de todo o dia nesta terça-feira (28) em razão da greve programada por funcionários do metrô e da CPTM.

Apesar da suspensão do rodízio, a CET informa que as faixas e corredores de ônibus continuarão funcionando normalmente de acordo com os horários estabelecidos. Também não haverá mudanças na Zona Azul.

A CET informa que continuam valendo também as demais restrições adotadas na cidade, como a Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF).

Os ônibus municipais e intermunicipais deverão funcionar normalmente.

Ponto facultativo

O governo de São Paulo anunciou nesta segunda que irá decretar ponto facultativo no estado para a terça-feira. O objetivo é tentar minimizar os impactos da greve à população.

O governo garante que “os serviços de segurança pública não serão afetados, assim como os restaurantes e postos móveis do Bom Prato, que vão continuar a oferecer normalmente as refeições previstas para terça”.

“As consultas em Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) da capital e em outras unidades de saúde estaduais terão seus reagendamentos garantidos, assim como nos postos do Poupatempo”, acrescenta o governo.

Governo aciona a Justiça

O Palácio dos Bandeirantes acionou a Justiça para tentar garantir o funcionamento dos trens e do metrô.

O pedido de tutela antecipada protocolado tenta garantir a presença de 100% dos funcionários do sistema de transporte durante os horários de pico e de pelo menos 80% no restante do dia.

O governo afirmou, por meio de nota, que “age para que a população não seja prejudicada” e que “a greve é motivada por interesses políticos e a pauta principal dos sindicatos não está ligada a causas trabalhistas”.

“A irresponsabilidade dos grevistas afeta 1,2 milhão de estudantes inscritos no Provão Paulista, cujo exame começaria no dia 28 e teve que ser adiado para que nenhum aluno seja prejudicado”, diz o governo.

Liberação das catracas

Em coletiva no Palácio dos Bandeirantes na tarde de segunda-feira (27), o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas descartou a chance de liberar as catracas do sistema de transporte sobre trilhos (Metrô e CPTM) no estado.

Segundo Tarcísio, não há como liberar o fluxo e garantir a segurança dos usuários. “Não temos como controlar o fluxo. Se acontecer um acidente, teremos falhado. Se uma pessoa for parar na linha, teremos falhado. É o motivo pelo qual nenhum governo libertou a catraca. E nós também não vamos liberar.”

Veja algumas das entidades que apoiam a paralisação

  • Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo)
  • CPP (Centro do Professorado Paulista)
  • CSP Conlutas
  • CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
  • CUT (Central Única dos Trabalhadores)
  • Força Sindical
  • Intersindical
  • Sindicato dos Metroviários de São Paulo
  • Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo
  • Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil
  • Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo)
  • UNE (União Nacional dos Estudantes)

Veja também: Governo de SP entra na Justiça contra greve no transporte público

(Publicado por Gustavo Zanfer, com informações de Fábio Munhoz)

Fonte: CNN Brasil

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