Depois de reuniões com executivos da Petrobras, a equipe de transição do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) agendou uma série de reuniões no Rio de Janeiro, mas não conseguiu cumprir a agenda.
Os trabalhos marcados para começar às 14h dessa quarta-feira (7) atrasaram e, depois de muita espera, entidades como a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro tiveram o encontro adiado para a próxima quinta-feira (15).
Integrantes das associações setoriais ainda reclamaram da ausência do senador Jean Paul Prates (PT), que viajou à Brasília para a votação da PEC que autoriza o governo a furar o teto de gastos para despesas como o Bolsa Família.
Participaram das conversas representando o governo a ex-diretora geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, o chefe de gabinete de Prates e um funcionário de carreira da Petrobras.
As conversas marcadas para 14h começaram com meia hora de atraso. A duração prevista era de 30 minutos para cada entidade, mas só o primeiro encontro já levou uma hora e meia.
Logo no primeiro encontro, o Sinaval, que representa os estaleiros instalados no Brasil, fez cinco pedidos aos emissários de Lula, entre eles a renovação de frota, a retomada de um programa de construção de navios petroleiros, a instalação de módulos das FPSOs em estaleiros e a manutenção dos navios da Transpetro.
À CNN, o vice-presidente do Sinaval, Sérgio Bacci, disse que eles ainda solicitaram ao grupo “aumentar o percentual de conteúdo local nos projetos de petróleo e gás para incentivar a construção no Brasil e o desenvolvimento industrial”.
A Biogás, que representa 135 empresas do setor de biogás, entregou à equipe de transição de Lula um ofício com 6 páginas e 27 pedidos.
Entre eles, a gerente executiva da associação, Tamar Roitman, destacou à CNN a ideia dos “corredores sustentáveis”, com utilização de gás natural e biometano na frota de veículos pesados, substituindo o óleo diesel e mudanças nos leilões de energia elétrica pra atender o setor.
Na mesma linha, a Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio), uma das três entidades que foi à sala improvisada da ANP representando o setor, informou que demandou “uma política de estado que garanta a previsibilidade e segurança para a evolução da transição energética com segurança jurídica e certeza de cumprimento das metas assumidas pelo Brasil nas Conferências das Partes (COP) promovidas pela ONU”.
A CNN entrou em contato com os integrantes do GT de Minas e Energia e aguarda o retorno.
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Fonte: CNN Brasil