• qui. jan 23rd, 2025

“Há espaço para corte generoso, mas quem decide é o BC”, diz Haddad sobre juros

jul 28, 2023
Ouvir notícia

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, nesta sexta-feira (28), que a economia já tem uma inflação mais controlada e tem sinais de desaceleração, o que abre espaço para um “corte generoso” na alta taxa de juros do país.

Haddad afirmou, entretanto, que esta é uma decisão que caberá ao Banco Central.

“Nós estamos muito distantes do que o Banco Central chama de juro neutro, que é de 5%; estamos com o dobro disso. Há um espaço generoso para aproveitar. Mas quem vai definir isso é o BC”, disse Haddad nesta tarde a jornalistas.

Nós temos dois novos diretores [no BC] que estão levando informações e percepções que podem auxiliar o colegiado a se manifestar. E nossas propostas são sempre cooperativas, no sentido de oferecer os melhores subsídios para uma tomada de decisão robusta.”

O Comitê de Política Monetária do Banco Central se reúne na próxima semana para decidir qual será a Selic, a taxa básica de juros do país. A taxa, atualmente, é de 13,5% ao ano.

O juro neutro é o nível de juros estimado em a taxa nem estimula e nem esfria a a economia do país. Atualmente, os juros do Brasil estão cerca de 10% acima da inflação, numa das taxas reais de juros mais altas do mundo.

“No começo do ano, discutíamos se os juros iam cair e, depois, quando. Agora, a discussão é quanto”, afirmou Haddad.

“A minha preocupação é com a desaceleração. A receita [de impostos] não está correspondendo, e isso nas três esferas de governo, temos que retomar a economia. Tanto o governo federal quanto os estados e municípios estão mandando recados de que as coisas precisam ser revertidas, por que a inflação está controlada e há espaço para uma retomada da economia, que está desacelerando.”

Em atualização.

Fonte: CNN Brasil

Compartilhar Postagem