A justiça de Minas Gerais mandou soltar na última terça-feira (28) o homem suspeito de ter matado a própria esposa depois de ela ter reclamado da temperatura do ar condicionado.
O caso aconteceu na noite de segunda-feira (27), em um condomínio localizado na cidade de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte.
A liberdade provisória foi concedida a Cláudio Augustinho Cabral de Almeida após audiência de custódia. Para ficar solto, o suspeito deverá seguir medidas cautelares. Ele deve manter seu endereço atualizado e não poderá sair da cidade por mais de oito dias sem comunicar a justiça. Caso ele não cumpra as medidas, ele poderá ser preso novamente.
Por meio de seu advogado, Cabral diz que foi vítima, enquanto dormia, de um disparo de arma de fogo feito pela esposa. “Após ser alvejado, em luta corporal para tomar a arma e cessar a injusta agressão, acabou ocorrendo acidentalmente um disparo que vitimou fatalmente Jussara”, diz a defesa.
O crime
Uma mulher identificada como Jussara Ferreira de Almeida Cabral, de 53 anos, morreu após ser atingida por um disparo de arma de fogo efetuado pelo marido, o ex-policial penal Cláudio Augustinho Cabral. O caso acontece na noite de segunda-feira (27), em um condomínio localizado na cidade de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte.
O preso relatou aos policiais que ele e a esposa estavam deitados na cama, já prontos para dormir quando começaram uma discussão por causa da temperatura do ar condicionado.
A mulher teria pegado a arma pertencente ao marido e efetuou um disparo, que atingiu de raspão o braço esquerdo dele. Ainda segundo o depoimento, os dois entraram em luta corporal e a arma disparou mais duas vezes, atingindo o peito e as costas de Jussara.
Claudio acionou a PM, que realizou a prisão em flagrante, além da apreensão da arma e de munição
Veja o que diz a defesa de Cabral
“A defesa de Cláudio Cabral, acusado de matar a esposa Jussara na data de ontem, em Santa Luzia, informa de maneira oficial que após detida análise do auto de prisão em flagrante, restou apurado neste momento preliminar, que Cláudio foi vítima, enquanto dormia, de um disparo de arma de fogo perpetrado pela esposa e que, após ser alvejado, em luta corporal para tomar a arma e cessar a injusta agressão, acabou ocorrendo acidentalmente um disparo que vitimou fatalmente Jussara. Vale ressaltar que Cláudio foi quem acionou o 190, pediu ajuda dos vizinhos e prestou socorro à vítima, mesmo estando gravemente ferido e perdendo muito sangue.
Diante do exposto, a justiça compreendeu que neste primeiro momento não há razões para que Cláudio permaneça preso e concedeu a liberdade provisória, atestando que o acusado é primário, de bons antecedentes, possui residência e trabalho fixo e não possui nenhuma anotação policial que desabone sua conduta em quase 50 anos de vida.
A decisão judicial levou em consideração que serão necessárias investigações completas, expedições de laudos e perícias para que o caso seja elucidado e que por enquanto, a prisão não é uma medida viável, uma vez que a prisão preventiva é uma exceção e não uma regra.
O caso segue para a DHPP para investigação.”
(com informações de Daniela Mallmann, da CNN)
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Fonte: CNN Brasil