A presidente de Honduras, Xiomara Castro, declarou emergência de segurança nacional na quinta-feira (24) e começou a implementar um novo plano para combater um número crescente de casos de extorsão por grupos criminosos violentos que operam em todo o país.
As novas medidas de Castro permitiriam a suspensão de alguns direitos constitucionais em áreas com presença predominante de gangues criminosas, o destacamento de 20.000 policiais, novos controles de segurança nas estradas e medidas contra a lavagem de dinheiro.
O Congresso ainda deve aprovar a suspensão dos direitos constitucionais, embora o plano de segurança tenha entrado em vigor na quinta-feira.
A declaração também autoriza o governo hondurenho a fazer uso extraordinário de fundos públicos para combater quadrilhas criminosas conhecidas por seu envolvimento em atividades ilícitas, como sequestros e narcotráfico.
A presidente de esquerda anunciou em uma transmissão de televisão o novo plano de combate à extorsão que aflige a nação centro-americana.
O plano segue a pressão de empresários, motoristas de caminhão, ônibus e táxi, moradores e organizações não governamentais (ONGs) que dizem que a extorsão – em grande parte pelas gangues Mara Salvatrucha MS-13 e Mara Barrio 18 – piorou nos últimos meses.
Em troca do chamado “imposto de guerra”, as gangues oferecem proteção ou dizem que quem pagar não será morto. As gangues incendiaram ônibus e mataram motoristas que não pagaram a taxa, levando empresas e pessoas a pagar por medo.
Essa extorsão gera lucros anuais equivalentes a US$ 737 milhões para as gangues, quase 3% do produto interno bruto do país, segundo a Associação para uma Sociedade Mais Justa, uma organização não governamental focada em segurança.
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Fonte: CNN Brasil