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A Igreja do Bonfim, em Salvador, na Bahia, recebeu projeções de luzes e shows neste domingo (8), Dia do Nordestino, e no sábado (7) por causa da quarta edição do Salvador Mapping, que se consolidou como o maior festival de artes visuais e tecnologia do Norte e Nordeste do Brasil.
O evento teve programação gratuita que uniu projeção de luzes e outras atividades ao redor da Colina Sagrada. Para quem acompanhou de perto, o festival foi uma boa oportunidade para celebrar as raízes.
“Vi que os artistas focaram nos povos originários. Elementos que fizeram referências africanas, indígenas e isso sensibiliza bastante para quem está assistindo. Nos toca enquanto nordestinos e brasileiros”, disse Florilson Santana, analista de dados à CNN.
O evento teve início na tarde do sábado, mas as mostras artísticas de vídeo mapping aconteceram na noite deste domingo, por causa da iluminação. O espaço se tornou interativo, com feira de artes e gastronomia, para todas as idades e foi criado também um setor de acolhimento destinado a pessoas com necessidades especiais.
“Achei a proposta inovadora. Vejo como uma forma de descentralizar outros pontos turísticos à noite que ficam mais cheios e aqui [no bairro do Bonfim] aos finais de semana pelo menos, fica deserto e tem muita coisa interessante que pode ser explorada”, contou Patrícia Reis, professora e moradora da região.
Zé Enrique Iglesias, produtor cultural e um dos idealizadores, destaca que o evento surgiu com a constatação da riqueza arquitetônica e cultural que Salvador tem.
“Mapeamos a cidade e vamos rodando e ocupando o espaço público de um jeito diferente, principalmente à noite. A proposta é que as pessoas tenham essa conexão social e de maneira poética através das obras”.
A performance é feita pelos VJs (vídeo jockeys), com interação música-imagem, e consiste na projeção de vídeo em estruturas e dimensões estudadas.
Além dessas apresentações, o evento desse fim de semana contou ainda com shows de grandes nomes da música como o cantor e compositor Gerônimo Santana e o grupo Ilê Aiyê – bloco afro mais antigo do Carnaval de Salvador.
O SSA Mapping estreou em 2017. Em três anos, mais de 120 artistas visuais se apresentaram para mais de 20.000 pessoas.
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Fonte: CNN Brasil